Não existe limite para a criação musical. O som que cada nota produz deve ser o reflexo de um momento, de um fato, de uma paixão. Criei minhas primeiras canções (Lar e A Caçada) como meras brincadeiras com o violão. Quando notei que aquilo ficou sério demais, resolvi analisar meus conceitos sobre a questão da música. Descobri que elas eram minhas. Portanto, deveriam refletir de forma sonora o que sou e o que quero transmitir. Sua música define você.

Comecei fazendo canções a esmo, sempre tendendo a um lado mais instrumental, visto que primeiramente não possuía microfones nem amplificadores. Somente uma guitarra, um pedal, um violão e muita inspiração provinda do visual da janela do meu quarto na minha então cidade residente, Santa Maria Madalena. Pela janela do meu quarto víase a Pedro Dubois com seus majestosos 1300 metros de altura. Era linda.

As músicas Lar e A Caçada são as únicas remanescentes desta época.

Perdi cerca de 5 músicas, que já totalizavam uns 30 minutos (sempre gostei de separar as músicas em partes) com a perda da memória de um antigo computador (aprendi o significado de "backup" nessa época). O que pra mim foi uma tragédia, passou a representar uma fronteira enorme, pois perdi as músicas quando minha fase "inspirada" cessara e mudei-me para outra cidade. Passados os anos, reaprendi a adquirir força de vontade de produzir reavaliando meus conceitos sobre a grande questão do SER e do COMO SER.

Atualmente estou trabalhando no meu primeiro projeto individual: Gravitons, homenagem à minha antiga banda de mesmo nome que fez uma única apresentação para cerca de 2000 pessoas na cidade de Miracema, em 2008. Neste dia ouvi muitas palavras bêbadas que me fizeram homenagear o momento que vivi. E para este momento não houve nome melhor. Os tons graves que tocamos num puro e divertido rock'n roll: GRAVITONS.

Atualmente, faço parte da super banda ARQUIVO EXPRESSO como tecladista e guitarrista.