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Pedro Munhoz-Oficial

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Cidade/EstadoRio de Contas / BA
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Toada Distante (Pedro Munhoz)

Composição: Pedro Munhoz.
Toada Distante (Pedro Munhoz) CD – Diário de Canções – 2022 O moço que veio de longe, Abriu a cancela bem devagar, Tinha a poeira da estrada E muitas histórias para contar. Falava das águas, das cheias, Do frio que havia pras bandas de lá, A seca rodeava seus olhos E todo um silêncio pra se escutar. Iê boi, quem vem lá?! Quando a tarde caía, Na estrada se ouvia o gado passar, A Serra, a noite, os bichos, Aquele mugido e um chocalhar. O moço olhava pro céu, Buscava uma estrela, querendo encontrar, Vendo a lua de perto, Um cinza prateado, sertão e luar. Iê boi, quem vem lá?! Depois, bebia silêncios, Mirava distâncias, a imaginar, Fazia rabiscos no chão, Dizendo: - menino, aqui vou ficar. Viola, gente reunida, Domingo juntava pra lhe escutar, Cantava tanta saudade, Mas outras saudades queriam cantar. Iê boi, quem vem lá?! E assim o tempo passou, O moço ficou, fez acostumar, Andava toda a vizinhança, Nem tudo é pra sempre e pode acabar. O filho, a mãe, a esposa, O trilho da vida, onde vai dar? Seus olhos buscavam respostas, A estrada de novo a lhe perguntar. Iê boi, quem vem lá?! Das dores e das distâncias, O moço sabia como lidar, O peito guardava segredos, Partida faz parte, pior parte que há. Um dia o moço se foi, Não lembro a data, nem quero lembrar, O moço que veio de longe, Abriu a cancela bem devagar. Iê boi, quem vem lá?!

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