Um ano depois do ataque do Hamas a Israel, solução militar não acabou com a guerra; ouça análise
Entrevistas Jornal Eldorado
Um balanço divulgado hoje pelas Forças Armadas de Israel mostra que 782 soldados morreram em combate na guerra na Faixa de Gaza e nos ataques do grupo terrorista Hamas, ocorridos há um ano. No território palestino, quase 42 mil pessoas foram mortas pelas forças de Israel, segundo o Ministério da Saúde. Em 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas invadiram e atacaram o sul de Israel, matando mais de 1.200 pessoas. Outras cerca de 250 foram feitas reféns, das quais mais de 100 continuam em cárcere. Ontem, um ataque lançado pelas forças de Israel contra uma mesquita na Faixa de Gaza matou 26 pessoas. Segundo autoridades palestinas, o local servia de abrigo para refugiados e está localizado nas proximidades do Hospital Al-Aqsa, o principal do território. O Exército de Israel garantiu que a área era um posto de comando do Hamas. A guerra completa hoje um ano, com os militares israelenses em atuação também contra o Hezbollah, no Líbano, com sucessivos ataques israelenses que, além de militantes do grupo radical xiita, mataram civis, incluindo dois adolescentes brasileiros. Em entrevista à Rádio Eldorado, o cientista social Daniel Douek, assessor especial do Instituto Brasil-Israel, disse que o Hamas está enfraquecido, mas não aniquilado como prometeu o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. “A capacidade do Hamas está muito debilitada, mas a solução militar unicamente não é capaz de derrotar o grupo. É preciso também uma solução política, talvez com a oferta de exílio e a composição de um governo palestino com outros grupos”, afirmou.
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