Barroso ordena uso de câmeras por PMs paulistas; especialista defende saída de Derrite

Entrevistas Jornal Eldorado
10 de dezembro de 2024 13min

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou que os policiais militares de São Paulo devem usar obrigatoriamente câmeras corporais durante operações e no modelo de gravação ininterrupta, até que seja comprovada a efetividade de métodos de acionamento de novo equipamento que será implementado pela gestão estadual. As novas câmeras permitirão ao agente de segurança interromper a gravação. A Secretaria da Segurança Pública informou que o governo estadual não havia sido notificado ontem e, “assim que isso ocorrer, analisará o caso e as medidas cabíveis”. Dados reunidos em relatório da Defensoria Pública de São Paulo mostram que em 68% das ocorrências gravadas pelas câmeras corporais de policiais militares há obstáculos ou dificuldades para saber o que de fato ocorreu, com ações como se afastar do local da abordagem e ocultação da câmera por algum anteparo. A decisão de Barroso foi tomada em atendimento a um pedido da Defensoria Pública do Estado. Em entrevista à Rádio Eldorado, o professor da FGV Rafael Alcadipani, integrante do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, disse que não basta o governador Tarcísio de Freitas ter mudado o discurso e agora se dizer favorável ao uso de câmeras. O especialista defendeu uma mudança de doutrina dos policiais com a saída do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. “O governador só vai poder mostrar para sociedade que mudou de ideia se ele colocar na Secretaria da Segurança Pública uma pessoa técnica, uma pessoa profissional. O atual secretário colocou ao lado dele uma equipe ideológica que não está à altura do cargo, inclusive ele” afirmou.

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