A fiscalização do PIX e as fake news
14 de janeiro de 2025 • 20min
O Assunto
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O PIX, lançado em novembro de 2020, rapidamente virou o meio de pagamento preferido dos brasileiros. São tantas transações financeiras via PIX que uma imensa quantidade delas escapam ao radar da Receita Federal. Mas, desde o primeiro dia do ano, esse cerco apertou um pouco. O órgão já exigia informações de movimentações por cartão de crédito, TED e transferência bancária dos bancos tradicionais. Agora, qualquer instituição bancária ou de pagamento é obrigada a informar transações que sejam superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. De acordo com a Receita, a mudança na norma visa evitar crimes como sonegação fiscal e lavagem de dinheiro e nada muda para quem declara direitinho o Imposto de Renda. Nas redes sociais, no entanto, o que circulou é que o governo quer taxar o PIX – o que é vetado pela Constituição. E então uma onda de fake news confundiu e espalhou medo, especialmente dentro do enorme contingente de trabalhadores informais brasileiros. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com Valdo Cruz, comentarista da GloboNews e colunista do g1, para explicar o que, de verdade, muda na nova regra de fiscalização do PIX. Os dois também avaliam o impacto político das mentiras na popularidade do governo Lula e como a crise já bate à porta do novo ministro da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira, que assume o cargo nesta terça-feira (14).