A polêmica sobre o serviço de moto por aplicativo

O Assunto
17 de janeiro de 2025 26min

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Em São Paulo, a empresa 99 começou a oferecer, nesta terça-feira (14), o serviço de mototáxis mediados pelo aplicativo da marca. O problema é que a Prefeitura paulistana tem um decreto de 2023 que proíbe a atividade. O caso está na Justiça, mas já no primeiro dia de funcionamento foram contabilizadas mais de 10 mil corridas. Moto por aplicativo para transporte de passageiros é uma modalidade muito comum em cidades menores do país, mas é também realidade em algumas das mais populosas capitais brasileiras – em Salvador e no Rio de Janeiro, o serviço é regulamentado. Em todo o país, informa um estudo de 2022 do IPEA, cerca de 1,5 milhão de pessoas trabalham como motociclistas, sendo mais de 200 mil deles com transporte de passageiros. Quem usa o serviço alega que é mais rápido e barato que outros modais e que chega em regiões onde o transporte público falha. Os críticos, por sua vez, são claros: é, de longe, o meio de locomoção que mais expõe os passageiros a riscos de acidente. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que, se os mototáxis forem liberados, pode haver uma “carnificina” na cidade. Neste episódio, Julia Duailibi conversa com o arquiteto e urbanista Diogo Dias Lemos, coordenador executivo da Iniciativa Bloomberg para segurança viária global em São Paulo. Ele analisa os prós e contras do modelo, avalia os casos mais emblemáticos e diz o que pode acontecer no braço de ferro entre Prefeitura e 99.
A polêmica sobre o serviço de moto por aplicativo