Pollyanna Alves e seu Axé In Roll

As últimas “aparições” de Pollyanna Alves, cantora e compositora capixaba que ao longo da última década vem se firmando como uma das mais batalhadoras e vitoriosas artistas do mercado independente foram, como de costume, um sucesso.
Em 2009, seu CD Energia Positiva, produzido por Adson Santana e WR Discos, foi lançado digitalmente e atingiu marcas surpreendentes em vendas nas maiores mega stores digitais do mundo – dentre elas, Fnac, Napster, Emusic, 7Digital, iTunes, Juno,MixMag e Djdownload – e deu a Polly o título de primeira artista brasileira a firmar um acordo com uma gravadora digital européia, no caso, a Lad Records.
No ano seguinte, a canção Oi chegou às rádios e, como reflexo de sua aceitação, deu a ela uma promissora parceria com a Warner Chappell, editora que, hoje, administra suas composições, e, também, com a gravadora carioca Imusica, que, desde então, passou a vender digitalmente todos os seus discos em operadoras de telefonia móvel do Brasil e da Europa.
Ok! O tempo passou e Polly, sempre inquieta, no bom sentido, nos trouxe, ou melhor, nos traz novidades. Seu novo trabalho, Axé In Roll, acaba de sair do forno e já vem dando o que falar por aí. Trata-se de um disco com releituras de canções que fizeram e fazem parte de seu repertório autoral e de intérprete.

Nele, estão, por exemplo, músicas próprias já lançadas pela cantora, dentre elas, Oi, Deixa Amanhecer, Minha Mania, De Outro Planeta, Energia Positiva, Ifá, Eu sei que é amor, Louca e Cabelo Colorido – esta última, sucesso absoluto na África e em diversos países da Europa, como Inglaterra e Portugal.

A escolha do repertório, muito bem selecionado, por sinal, é justificada pela própria artista. De acordo com ela, “apesar de cantar axé por muitos anos, sou uma cantora que não se prende a um único estilo. Gosto de pop, rock, reggae, samba, e, neste trabalho, que é, na verdade, uma espécie de tributo ao que eu amo, está um pouco de tudo”, conta.

Pega-Pega, uma composição do rapper Brasileiro MAG, que, originalmente, é um funk, mas foi regravada por Polly de um jeitinho todo especial, é a música que leva a “bolacha” para as rádios. E ter um “ex-funk” como single era tudo o que a cantora precisava para reafirmar a transição musical pela qual vem passando, afinal de contas, chegar aos quase 15 anos de carreira não é para qualquer um.

“Axé In Roll é um presente para os meus fãs. Ele foi feito com muito carinho e posso dizer que estou realizada. Vou lançá-lo agora, em Agosto de 2012, e, logo no início do ano que vem, chego com Pollyanna Alves Incrível, um disco autoral, e será acompanhado do meu primeiro DVD Registro. É isso, agora eu quero o público que me quiser e quero mais que nunca sentir prazer no que faço”, diz a cantora, que produziu o trabalho a oito mãos, juntamente com os diretores Adson Santana, Radamés Venâncio e Rhamon Macedo, que têm em seus currículos trabalhos com Ivete Sangalo, Daniela Mercury, Margareth Menezes, Timbalada, ou seja, a nata da música baiana.

“A parceria com Adson, Radamés e Rhamon é o que costumo chamar de tampa e panela, ou seja, coisas que se encaixam naturalmente, sem ter que fazer qualquer esforço. Viramos uma espécie de joio e trigo. Eles sempre me incentivaram a fazer a minha própria música, a apostar no meu lado autoral, em vez de delirar em covers, como todo mundo faz. Nos misturamos e está ai o projeto: uma mistura exótica e homogênea”, diz Pollyanna, acrescentando que o disco é composto de releituras e foi remixado e remasterizado no Estúdio cesArte por Marquinho Carvalho, atual engenheiro de som da cantora Daniela Mercury.

E, para fechar, Pollyanna dá um recado a fãs e críticos: “Hoje em dia, penso da seguinte maneira: faço minha música pra quem a queira! Pr’aqueles que gostam de mim, pois ter prazer no que faço é essencial. O resto é o resto!”.

(Rodrigo Sabatinelli)