- Velha Socielite Gorda pt. 1429 plays
- Se eu fosse Músico984 plays
- Aos Trancos e Barrancos709 plays
- Preso na Rede283 plays
- A Gang do Robertinho1.313 plays
- Velha Socielite Gorda pt. 2255 plays
- A sala de estar169 plays
- Rotina3.993 plays
- Ladeira Porto Geral166 plays
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Release
Cinquenta anos depois de Maybellene, pensar em uma banda de rock sem clichês, autêntica, soa como glossolalia. Por essa lógica enfadonha não há muito que se fazer, mas nem por isso desistir das bandas de rock. Em 2004 o Poucas Trancas iniciou com essa idéia de Rodrigo Régis, acompanhado de Zito Frandom, Tiago Silva e Leandro Sant?Ana: uma música rica, atraente e criativa. Não é nada novo, mas ninguém fazia isso na época. A banda fez seu primeiro público em pequenos bares e centros culturais do ABC, atraindo um público sempre variado, roqueiros insatisfeitos, curiosos, arrastados por covers de Mutantes, Raul Seixas, Secos & Molhados, além de outras velharias da MPB. Daí já é o suficiente para dizer que rock nunca se livra dos clichês, mas não deve ser pateticamente óbvio. O EP ?Demo-niac?, de 2006, registrou em estúdio essa primeira fase.
A partir disso a banda criou próprio repertório vasto com discursos sarcásticos e uma pretensiosa "análise do caráter brasileiro". Liricamente, expurga conflitos e alívios sociais, pessoais, intelectuais e fraternais. Ao vivo a música é incrementada com jams que passeiam do drum n?bass até o hard rock ou pura psicodélica, enquanto abusam na linguagem visual usada nos shows - um honesto simbolismo psicodélico -, é o gancho para que o público não tenha a odiosa sensação de já ter visto isso em outra estação. Sofisticar a sonoridade, realizar o propósito de criar um show rico e, ai sim, alternativo, se ainda é possível entender o léxico dessa palavra tão gasta.
As músicas próprias foram surgindo entre um cover e outro até terem material para o primeiro álbum Urbano, disponibilizado apenas no site para download gratuito, lançado em novembro de 2007. Urbano foi produzido pela própria banda e revela uma banda que quer ser associada à virulência artística, não às convenções do pop. Sanfonas, violas, sintetizadores dão brilho entre uma guitarra distorcida e outra.
De lá pra cá a banda não parou: participou de diversos eventos e festivais, mantendo-se ativa apesar das dificuldades do mundo independente. Depois de algumas mudanças de integrantes, o line-up original foi reformado no início de 2010 para trabalhar no trabalho de sequência que deve ser ainda este ano.