Ninguém Vai Silenciar
Composição: QI.Artigo 288 do Código Penal: Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer crimes, o maior deles: falar a verdade.
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...
Assalto a banco, latrocínio e sequestro relâmpago
Clausula não lida do capitalismo darwiniano
Sobrevive o mais forte, genocídio é banal
Esquarteja o herdeiro, e vamu ver a seleção natural
O Brasil evoluiu, ouvi isso várias vezes
População anestesiada, casa própria em 400 meses
No interior nordestino, energia elétrica gera sorriso
No setor industrial, fabrica bomba, fabrica míssil
Evolução no poder bélico, dominação que mata
Gengis Khan de arco e flecha e Tio Sam de automática
E aqui foi mais rápido, plano bolado, nós morre calado
Milionário engravatado financiando o tráfico
Mais nós ta ligeiro, imagem passada pro mundo inteiro
No dicionário estrangeiro Brasil significa “puteiro”
E os Pai Tomais da música, na versão cifrão
Sem informação é apropriação e vira ostentação
E o mercado ta na ativa, fez 12 anos o olho brilha
Século XXI trafica menina, atividade lucrativa
Menos família, mais carga horária, abraça bandeira piada
Sem essa de verde e amarelo, os operários não tem pátria
E na era do clone, os favelado não se esconde
Os maias não preveram os monstros no microfone
A288 pra quem é do gueto, QI dois guerrilheiro
RAP sem resistência é igual empresário sem dinheiro
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...
Eu nasci na miséria, quem é daqui não conhece orquestra
Lazer é novela, RAP, caderno 10 matéria
Melhoria é promessa, na rua de terra ou na rua de pedra
Favela manifesta, invasão nas biblioteca
Por que aqui é desigual, poesia sem classe social
Popular, periférica, resgata, salva e cria os marginal
Lutador subversivo, me chamam de utópico
No mundo onde a Glock é material pedagógico
Televisão não liberta, pro coronel monopólio da terra
Desocupação cenário de guerra, manipula matéria na tela
Mentiu historiador, invasor sangrou, matou
A outra face da historia tá na fala do griô
Inspirado por sankofa, pra entender o mundo
Viver sem conhecer o passado é andar no escuro
E eu Creio em Deus Pai, todo poderoso
Por que deixou usar seu nome pra escravizar meu povo?
Foi morto, não quis roer o osso onde comem caviar
Os Luther King aqui foi preso sem direito de sonhar
Leiloada virgindade, corpo exposto pra vendagem
E se engravidar, não vai ter licença a maternidade
Direito não existe, elite oprime, ninguém é livre, nós vai pro crime
Brasil assisti, se foi aos 15, morto pelo que tá na vitrine
Omissão nós coloca na forca, sorriso da mãe é questão de honra
Sem nome na lápide, o foco é nome no diploma.
“A pena pra esse crime é o ódio da elite e o respeito da periferia.”
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...
Nem o código penal vai ser capaz de parar
A voz da favela ninguém vai silenciar
Formação de Quadrilha até o caixão fechar
Só acionar rrráá tá tá...