- Desapego71 plays
- A Chance34 plays
- Se Ao Menos20 plays
- O Diabo Que É Pensar12 plays
- Flauta Doce51 plays
- Aproveite853 plays
- Tempo1 play
- Salve-Me11 plays
- 03:32Roboto - Se ao Menos1.586 visualizações
- 05:26Roboto - Flauta Doce400 visualizações
- 03:07Roboto - Aproveite (Vídeo Oficial)433 visualizações
Comunidade
Comentários
Release
“… O que era verdade, porque havia aquela lei que todo mundo que não fosse criança ou não tivesse filhos ou não estivesse doente tinha que sair para robotar.”
BURGESS, Anthony. Laranja mecânica.
Tradução de Fábio Fernandes. São Paulo: Aleph, 2004.
Guitarra, baixo e bateria. Com esta fórmula definida, Bernardo, Breno e Rafael (oriundos de diversas bandas criadas na efervescência das décadas de 1990 e 2000, como Collen, Watermelons, La Sangria, Simple Life e Dee Dees) juntam suas influências, as quais atravessam do punk ao experimentalismo, com o objetivo de criar canções simples, porém sempre com muito a dizer.
Com letras inspiradas em suas experiências pessoais e com foco em extrair o que de melhor o minimalismo de um trio de rock pode oferecer, o grupo ROBOTO apresenta, a partir de uma marcação coesa, melodias que variam da leveza de um dedilhado à dissonância dos acordes post-punks e post-hardcores, não deixando de lado a energia do stoner rock. Sem se apegar a tais rótulos, o grupo trilha desde 2014 o caminho DIY característico da cena alternativa brasileira: criando, experimentando, tocando.
Com este espírito livre de amarras, o trio lançou em junho de 2016 o seu primeiro trabalho, de forma independente, intitulado EP 0001. O EP conta com 5 músicas, que oferecem uma boa amostra do caminho que a banda pretende seguir.
– Mas por que ROBOTO?
– ROBOTO vem do dialeto nadsat (adolescente) do livro Laranja Mecânica, que apresenta o verbo ROBOTAR, cujo significado é trabalhar. ROBOTO, portanto, seria o trabalhador. O nome do grupo tem origem na comparação do trabalho com uma atividade mecânica, robótica, que diz muito sobre como fomos criados, como geralmente se espera que sigamos nossas vidas. Seus integrantes vêm de ambientes em que o trabalho é incensado em detrimento, por exemplo, de atividades artísticas (não consideradas pelo grosso da sociedade como “trabalho” – exceto quando acompanhadas pelo espectro do “sucesso”), ou do ócio puro e simples. Mesmo quando a ação laboral formal é agradável, as atividades tornam-se de certa forma robóticas. Por isso, o termo ROBOTO representa muito a vida do trio e a forma como gasta seu tempo, provocando nele, paradoxalmente, a inquietude da mudança.