Inspirada num poema homônimo de Jorge de Lima, a Santadica ganhou nome e forma nas notas
da voz de Andresa Pauline e das composições de Ábia Marpin, após as duas terem assistido
ao espetáculo O Acendedor de Estrelas*. Daí a pouco, a dupla aparece polemizando no
FEMU/SESC-AL 2004 com uma performance cheia de elementos teatrais e com a letra provocante
da música Faça-me e em sua estréia a Santadica emplaca uma música no CD do festival junto
a outras catorze faixas.

“Me cheire, me fume, me beba, me coma! (...)”

Pois é, quem estava lá não esqueceu. Desde então fica clara a proposta da banda, sobretudo
ousada e original. De lá para cá a Santadica já participou de diversos projetos importantes
como o MISA Acústico, o Palco Aberto e o Deodoro é o maior Barato, e vem amadurecendo ao
longo de dois anos de existência.
Com um início de carreira atípico e uma sonoridade rica e sutil, a Santadica se propõe uma
banda que produz e revela sua arte enquanto criação humana, valorizando a idéia de que arte
não é simples reprodução, no entanto a releitura de canções importantes para a galera não
ficam de fora e pra quarta a gente pode esperar clássicos de Adoniran Barbosa, Belchior e
Secos & Molhados. Pois ao usar de experimentalismo convida o público a participar diretamente
do resultado do seu processo criativo.