No início da década de noventa, em Cruz das Almas, estado da Bahia, engenheiros agrônomos amigos, aficionados pela cultura regional (música, dança, culinária, etc.,) reuniam-se periodicamente em celebração aos bons momentos que a vida nos proporciona tocando xotes, baiões, cocos, xaxados, e demais estilos musicais que costumam alegrar as nossas almas nordestinas. A denominação da banda surgiu quando esse grupo de amigos comia um delicioso sarapatel (Iguaria típica da região), bem apimentado, durante uma tocada, e alguém sugeriu que fosse criado um nome que os identificasse. Assim foi batizada de Banda Sarapatel com Pimenta até então uma brincadeira (1994).
Ainda nesse período, junto a este grupo de amigos tornava-se constante a presença de um jovem ainda bem moço na época que chamava a atenção por nutrir, desde então, certo fascínio pelas obras de; Luiz Gonzaga, Mestre Lindú, Jackson do Pandeiro e Dominguinhos dentre outros. O nome deste jovem é Bruno Silva, que logo soubemos tratar-se ser Neto de Benedito Vermelho, um dos "químicos" locais, pioneiro na confecção de "espadas" - artefatos pirotécnicos indispensáveis nas festas juninas cruzalmenses.
No ano de 1996 a banda já dividia palcos com astros da música brasileira a exemplo de Elba Ramalho, Leandro e Leonardo, Flávio José, Zé Ramalho e outros. Bruno Silva logo se destacou pelo carinho e responsabilidade com que encarava a possibilidade de vir a tornar-se um dos grandes intérpretes da nossa música, e assim, estudou, aprimorou-se, estreitou laços de amizade com velhos mestres do estilo como o pernambucano Félix Porfírio, e desde o inicio vem embalando a Banda Sarapatel com Pimenta, um dos mais poéticos e melodiosos grupos de forró tradicional do país.