A Decadência
Composição:A Decadência
Sem mais eu sigo meu caminho, detesto andar sozinho, mas as vezes preciso.
A paz eu busco no absurdo, de pés descalços e surdo escuto os teus insultos, mas não ligo.
E agora que perdi minha decência, corro atrás da minha coerência em pleno submundo.
Me dá vontade de esquecer, não consigo correr, meus pés doem demais e eu vislumbro
o dia em que tudo é diferente, em que eu possa estar contente e sorrir alegremente...
Mas vejo tanta dor em minha frente, no pescoço uma corrente e a vida escapar na tangente.
O meu céu se tornou impossível, me acostumo a um chão estéril esperandoa morte lenta.
Sonhar agora é algo tão raro e as roupas que me vestem são da cor do caminho.
E vou pra lá de lugar nenhum, dou o vindo por não ido à espera do adiante.
Meus olhos já não tem brilho algum e a cada despertar vejo a história me apagar... E já nem lembro...
Do tempo em que foi tudo diferente, em que eu pude estar contente e sorrir alegremente.
Mas vejo tanta dor...
e à minha frente...
no espelho, um indecente que some nostalgicamente.
E nesses dias eu só sei chorar, só sei me lamentar e em tudo desacreditar.
Letra: Sóstenes Da Costa
Arranjos: Senhores do Nada