O Infeliz - Senhores do Nada Minha austeridade, minha depressão, meus sonhos caindo todos pelo chão Meu poço não tem fundo, meu cheque também não, triste fim do meu mundo Que acabou sem uma explosão nuclear... E eu sigo tropeçando... E a cada queda vou me reinventando e vendo A sua alegria, sua ascensão, os seus sonhos todos vindo direto pra sua mão Confesso não ter rumo, confesso não ter chão, ao ver o fim do seu mundo Que acabou feito uma ilusão barata E segue sempre se enganando, e a cada engano vai se machucando mais. Os defeitos expostos mostram suja a minha tez, e os meus sonhos todos se realizam de uma vez Fiz do fundo o meu lugar, aqui embaixo eu tive vez, reconstrui o meu mundo... E não é uma ilusão pequena... Te imito e vou me enganando e a cada engano eu vou me queimando e lendo... A verdade exposta explode tudo de uma vez, e os seus sonhos queimam cá embaixo no meu chão Vejo tudo e fico absorto, me extasio com o seu fundo... Não é o fim dos mundos É só o fim do que fomos nós... E sós seguimos e eu sempre tropeçando Se ando caindo... também estou sempre levantando... e indo. Letra e música: Sóstenes da Costa Arranjos: Senhores do Nada