Ouço A Voz Do Oleiro
Composição: Sid Oliveira.Verso 1
Precisamos fazer do fim um recomeço,
Um novo ponto de partida,
Na roda que gira, na casa do oleiro
As gotas de água amolecem o barro,
São respingos da memória
Para me lembrar onde tudo começou.
Não suporto mais as rachaduras,
Por onde saem as especiarias:
Nardo e aloés.
Mas se é assim que a luz entra,
Então que o vaso seja refeito de uma vez.
Refrão
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!
Verso 2
O barro que desliza entre os dedos do Mestre
São as gotas das suas lágrimas que o amolecem.
Sei que o entristeci, por deixar de ser
Um vaso de especiarias:
Nardo e aloés.
Em seu imenso amor, por mim
Sei que o vaso será refeito quando eu descer a sua casa.
Refrão
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!
Verso 3
Desperdicei tempo em batalhas sem sentido, por vitórias que nunca chegaram,
Em lutas cegas, fui ferido e feri aos que me cercavam,
Assim minha fortaleza se desfez, sobre os alicerces à beira-mar.
Não suporto mais essas rachaduras,
Mas se é assim que a luz vai entrar,
Então que o vaso seja refeito de uma vez.
Refrão
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!
Ouço a voz do oleiro,
O Mestre me chamando
Para o lugar secreto,
Onde eu quero estar!