Tento caminhar na contramão Certo do que vai acontecer Olhos apontados para o chão Armas apontadas para mim Tento me afastar da multidão Feito quem prefere se perder Passos alinhados com o céu Rastros apagados pelo mar Rumos que se guiam pelo sol Paraísos marginais Na penumbra dos porões Essa condição pra me encontrar Esse jeito de estar só No conforto dos verões Já predestinados às prisões Há os que preferem enlouquecer Almas afinadas com a dor Calma garimpada no sonhar Ventos que me levam pela mão Esvaziam medos viscerais Desafiam velhas convicções Sopram onde tento me encaixar Rumos que se guiam pelo sol Paraísos marginais Na penumbra dos porões Essa condição pra me encontrar Esse jeito de estar só No conforto dos verões