- Ponto de Iemanjá15.825 plays
- Ciranda d'um erê14.793 plays
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Homens sem fé e sem ritmo, tremei. O Sinhô Preto Velho está a caminho, tá ligado? Original da túnica aos pés descalços, o grupo paulista mistura ritmos da cultura afro brasileira com beats de hip hop. Religião com realidade, atabaque com “didgeridoo”. Sem pecado.
Formado por Renato Dias (voz, percussão e guitarra), Douglas Fávero (voz, guitarra e percussão), Marcos Tocha (percussão), Luis Reis (baixo) e Marco Ogã (voz e atabaque), o Sinhô Preto Velho tem dois discos (independentes) gravados.
“Backbone de quilombo” e “Kambono” são os frutos de um grupo que nasceu em 1998 e desde então tem marcado presença com um som que seus próprios integrantes gostam de definir como hip hop de terreiro.
O SPV – cujo nome é uma homenagem ao lendário sambista Sinhô e também uma saudação à entidade de umbanda Preto Velho – surgiu a partir de um drama pessoal vivido por Renato Dias.
Após a morte de seu pai, ele começou a se interessar por temas religiosos. Esse sentimento se misturou com outros despertados pelas rimas do hip hop que não saíam de seus ouvidos.
A idéia de fazer uma banda que unisse esses dois mundos foi imediata. E inevitável.
Em estúdio e nos palcos, a banda representa uma grande mistura de personalidades e influências. Capoeira, cultura africana, skate, vida de periferia, hip hop, hardcore, Jorge Ben, santos, samba de roda, tudo se mistura na história e no som do Sinhô Preto Velho. Isso fica bem claro em “Okê caboclo”, uma das faixas do disco “Kambono”. Nela, um tradicional ponto de umbanda é naturalmente repetido qual um mantra e emoldurado por pesados riffs de guitarra.
Ritmo para uma mistura dessas é o que não falta ao Sinhô Preto Velho: quatro dos seus integrantes tocam em bateria de escolas de samba de São Paulo.