Efeitolândia:

Bem, essa sinfonia não pode ser tocada nem transcrita. Até pode, mas dá trabalho.

Primeiro Movimento: O Zangão Parrudo demonstra a habildade no piano e a expressividade da guitarra do Kiko Lorota. Um minuto de pop e quatro minutos de arte. percebe-se claramente na música que Ermêfides (o personagem-tema da Sinfonia) está angustiado, mas o plano externo (o piano) só pressiona mais a cabelça do pobre rapaz. Fica a dúvida se ele vai sair dessa...

Segundo Movimento: Comida Azul (que não existe) mostra as variações de humor. Quase um transtorno bipolar. Nota-se que Ermêfines dorme tranquilo (um ou outro pesadelo de leve), mas quando acorda, tudo volta mais forte, o que leva Ermefilis a se transfomar num serial killer, tirando todo o seu divertimento da dor das pessoas. Veja a conjunção dor e alegria presente do meio pro final da música. O ouvinte mais despreocupado e sem emoção pode até achar essa parte divertida, mas carece de mais atenção.

Terceiro Movimento: No Carpinteiro Selvagem, Ernefines começa atordoado, se dera conta de que sua matança fora apenas matança. Se dera conta que não há porquê. Não se arrepende, mas não pretende repetir. Há um momento de grande tormento em sua cabeça. Sem rumo ele canta, chora, tem uma parada cardíaca, ressucita, saí por aí azoado e aos poucos, em meio a seus tormentos, chega a enxergar um pouco da Verdade. Olha para os lados e com calma vai compreendendo tudo. No final, tudo é êxtase. Ermetredis não precisa mais de nada. Ele alcançou o que precisava. Em outras palavras, ele alconçou o Mestre Dos Magos.

Resumo musical da Sinfonia: A guitarra mostra todas as suas vertentes e repentes. está completa na sua limitação objetiva, mas totalmente livre. Uma liberdade que raramente se observa. Na música, a Efeitolândia prova como o Anarquismo é possível, e mais importante...Quando.

Bateria, Conjunção de sons, tudo leva a uma grande lição, não musical, mas universal.


Poe Fausto Henrique, estudante de estética musical, filosofia e sociologia da Faculdade ele mesmo.


OUTRAS MÚSICAS:


Lamentos Da Meia-Noite: Foi feita quase a meia-noite do dia 31 de dezembro de 2004. Violão e percussão a serviço do samba? Não importa. É apenas a expressão musical disso que chamamos de "dúvida".

Enibriosa: Quando eu tinha um mês e pouco de violão e ainda usava ele como se fosse um piano (Violão deitado, horizontal, havaiano ou sei lá o quê) eu fiz essa música extremamente simples. O que a torna especial na minha opinião É o timbre do violão, o qual consegui com efeitos de dupla velocidade. pensei em colocar bateria, baixo, solos, teclado algo assim, mas fiquei com medo de estragá-la. É mediocre, mas eu gosto.

Arrochando o Pop Brega: Ah! O que seria do mundo sem o Pop Brega? Sem dúvidas seria algo bem melhor, mas isso não ipede que eu faça uma homenagem a esse ritmo clichê e sem inovação que todos conhecem tanto. A parte interessante da experiência foi a mescla do Brega com alguns elementos do metal. A introdução de arrocha é apenas uma concessão ao advento dos novíssimos e da mesma forma efemeríssimos tempos. Quem sabe não há uma luz nessa bregaria toda?

Alma Sem Porquê: Mesmo com as cordas quase enferrujadas deu pra sentir uma certa aura pinkfloydiana na música (pelo menos eu senti, tanto pelo efeito, quanto por uma ou outra sequencia harmônica). Singelamente composta com Two Hands, Tappings e algumas dedilhadas, a música teve a intenção de externar a alma. Gostei.


Bem, por enquanto é isso. Assim que puder posto mais resenhas sobre as próprias músicas.

Obrigado e volte sempre