Berço da Miséria
Composição: Nildo.Nildo
Desde pequeno, problemas, decepção
Uma família atrapalhada o pai bêbado pingaiado se apegando a televisão
De bom coração, não pensava no mal de ninguém
Só queria criar seus filhos dar a eles um futuro digno para que na fase adulta pudessem ser pessoas de bem
Mais o destino de um modo maligno acabou com seu sonho
E esse pai de família perdeu a vida de um modo muito estranho
Alan
Segundo o médico do Pronto Socorro foi ataque cardíaco
Ele com várias pontadas no peito ainda estava vivo
Mais depois de ser medicado a cena foi cruel
Convulsões, parada respiratória aqui na terra cumpriu seu papel
Tenho certeza que foi pro céu
Pros parentes e pros amigos sobrou apenas o sofrimento
Coroa de flores um caixão com um corpo lágrimas e ressentimento
Nildo
Nesse momento no meu pensamento vem essa vida dura onde o desgosto é marcado pelo desgosto dessa rotina obscura na periferia a vida é sem estrutura pais de família lutam constantemente para tirar os seus filhos da rua que infelizmente faz parte do berço da miséria só que a morte pode dar o bote e acabar com mais um daqui da favela.
Refrão
Berço da miséria favela
Crianças sem estrutura vivem nela
Se partem pra vida do crime são jogados pra traz de uma cela
Ou cavam seu próprio fim sendo um caixão debaixo da terra.
Alan
Berço da miséria sina maldita
Mais uma família sem estrutura devido a vida na periferia
Crianças distante da escola sobrevivendo ao lado das drogas
Me incomoda é deprimente
E o mais velho é o homem da casa e mesmo menor de idade segue em frente consciente
Mais sem trampo é embaçado e moral não coloca comida no prato
E ver seus irmãos de barriga vazia o deixa desesperado
Nildo
E assim recebia acerto para usarem o seu quintal
Motos roubadas, paradas erradas não se envolvia completamente mais já seguia o caminho do mal
E assim se levantou rapidamente
Sem apoio materno ou paterno ele seguia em frente
Até o seu ibop estava em alta com uma par de vadia da vila
Andava de moto pra baixo e pra cima e sempre colava as mina gasolina
Alan
Ele tinha um mano que estava ciente da correria
Mais vacilou e a moto deixou na casa de uma mina
Isso escutei de uma vizinha
Roubaram a moto e com sangue nos olhos
O dono descarregou seu ódio no mano do meu irmão
E perto da vila já tinha sua sina trombou o dedo mole com o calibre na mão
Vários tiros mais um homicídio e outro corpo caído no chão
Um filho da favela no berço da miséria jogado noutro caixão
Mais uma morte em vão, mais uma morte em vão.
Refrão
Berço da miséria favela
Crianças sem estrutura vivem nela
Se partem pra vida do crime são jogados pra traz de uma cela
Ou cavam seu próprio fim sendo um caixão debaixo da terra.
Nildo
Sentado na calçada meu mano lembra do passado
Cresceu no berço da miséria mais tinha seu pai que guiava seus passos
Só que agora ele morreu e ele pensa só sobrou eu
A preocupação dominou meu irmão e ele percebeu
Que aderir o caminho bandido não é o que pra ele convém
Que sua vida ao fim chegaria se ele se tornasse refém
Da vida bandida que acaba em chacina ensangüentado sem ninguém
Então agora ele nota que pra maldade não bater na porta ele deve fazer o bem
Alan
Daí pra frente meu mano mudou
De lado meu truta deixou a merda da vida louca
Estava ligeiro o tempo inteiro com o assassino que estava a solta
Seguindo seus passos por todos os lados e disso meu mano já ta ligado
Seguindo o conselho dos camaradas
Ele mudou da nossa área está morando em outra quebrada
Mas eu fiquei sabendo que ele ta a pampa
Que agora tem esperança que na sua vida haverá mudança
Nildo
Depois de tanto sofrimento meu mano merece viver bem
Pois da angústia por muito tempo ele foi refém
E isso foi conseqüência de uma vida no berço da miséria
Mas agora isso já era sua realidade é diferente
Espero que daqui pra frente sejam como meu irmão
Esqueçam a maldade e façam somente aquilo que é bom
Pois uma par de pivete nasce no berço da miséria e têm um bom coração
E assim você também pode ser essa é a minha opinião
Pois nada justifica alguém com uma arma na mão
Puxando, apertando o gatilho acabando com a vida do próprio irmão.
Refrão
Berço da miséria favela
Crianças sem estrutura vivem nela
Se partem pra vida do crime são jogados pra traz de uma cela
Ou cavam seu próprio fim sendo um caixão debaixo da terra.