- Toca o telefone - novo CD7.084 plays
- Stenio - Eu sou seu Fã7.310 plays
- Se afogando em Solidão - novo CD5.000 plays
- Stenio - Volte Amor5.725 plays
- Stenio 2012 - Onde Anda Meu Amor8.158 plays
- Stênio - Alma Minha5.669 plays
- Stenio 2012 - O cara errado9.465 plays
- Stenio - Do outro lado da Cidade6.031 plays
- Seu Policia - Novo CD8.083 plays
- Eu to Carente - Novo CD8.008 plays
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Release
A música em si começou quando eu era muito jovem. Aos oito anos de idade ouvia meu pai e minha mãe cantando músicas antigas. Morava perto de um bar que tocava seresta e achava bonito: as músicas, a forma como os artistas interpretavam, as pessoas dançando e acabei ficando fascinado. Primeiro aprendi a dançar, aos 15 anos entrei na aula de teclado, comecei a tocar e educar meu ouvido. À princípio eu só tocava, mas diante da necessidade de um cantor no grupo, em 2002, arrisquei cantar e deu certo. As pessoas se admiravam em ver um jovem cantando músicas antigas, mas me identifiquei.
Como foi sua caminhada como cantor?
Foi mais ou menos em 2002 que comecei a cantar na noite fazendo back vocal. Somente em 2005 passei a vocalista em bares pequenos com um público reduzido, até mesmo por que eu ainda não tinha um nome na cidade. Depois, com muito amor me dediquei à música e sempre pensando positivo. Hoje, tudo que consegui é fruto de uma luta de 10 anos, um longo estágio noturno. Carreguei muita caixa de som, cantei recebendo pouco, quase fiquei reprovado no último ano do ensino médio. Meus professores já sabiam que eu faltava muito, embora estudando à tarde, por tocar na noite e precisar dormir durante o dia. Perdi meus pais muito cedo e fui criado por meus avós. Eles sempre me apoiaram da forma que conseguiam. Não financeiramente porque não podiam, mas incentivavam moralmente. Minha avó chegou a perguntar se era isso o que eu realmente queria, após eu ter chegado em casa depois de uma noite de show com apenas cinco reais. Temendo o futuro, ela questionou como eu sustentaria uma família com essa renda.
Como você analisa a evolução da seresta na cidade de Imperatriz?
Antes não era comum ver pessoas jovens, inclusive universitários, em serestas. Devido às músicas serem antigas, havia o preconceito de que o ritmo era festa para idosos e casais. Hoje, nos eventos que canto a maioria do público é jovem. A seresta deixou de ser exclusividade da periferia e passou a ser atração de grandes casas de shows. Antes a seresta se parecia mais com bolero. Hoje, o ritmo ganhou uma batida mais acelerada e quem não sabe dançar, canta.
Em quais cantores você se espelha e quais as músicas que você mais gosta de cantar?
Na cidade eu gosto muito do Leão e do Ostérnio. Os dois cantam o mesmo estilo que eu. No cenário nacional gosto de Amado Batista, sertanejo com Zezé de Camargo e Luciano e vários outros artistas. Quanto à música, é difícil definir a predileta. Gosto muito de todas que canto. Nem sempre as músicas mais pedidas nos shows são as minhas preferidas. No álbum mais recente eu esperava que a música ?Juras de Amor?, do Ed Franklin se destacasse. No entanto, a mais pedida do público foi ?Alma Minha?.
Como foi a gravação do seu DVD?
Esperava a presença de muitas pessoas, mas não imaginei receber um público tão grande, o maior já recebido na AABB, apesar de eu ser um artista local. Foi uma surpresa para todos, inclusive para os divulgadores. Fiz questão de não contratar nenhuma banda para a abertura do evento. Quase não consegui entrar, estava lotado! Até agora não me acostumei com essa nova fase da minha vida. Antes eu cantava e as pessoas ficavam sentadas, não prestavam atenção em mim, só nas músicas. Hoje, as pessoas ficam na frente para tirar fotos e pedir autógrafo. Tudo isso me levou a investir mais na imagem pessoal, me senti como os artistas que admiro. O que eu fazia com os meus ídolos, agora os meus fãs fazem comigo.
Qual a sua relação com o Terraço?
Foi uma parceria que deu certo. Antes o valor que me pagavam para cantar era pequeno. Hoje, é quase dez vezes maior. Desde que comecei a cantar na casa, percebo que o público vem crescendo e o local sempre está lotado. Investiguei alguns parceiros sobre o público de outros estabelecimentos de Imperatriz em noites de seresta. Notei que igual ao Terraço, aonde canto nas quintas-feiras, poucos artistas chegaram a encher uma casa e quando conseguem não é por muito tempo como está durando no Terraço. Inclusive o proprietário conseguiu aumentar o cachê. O mais interessante é por ser no meio da semana o local fica lotado.