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Release
Contrariando as tendências do chamado "rock gaúcho", em que a regra é que "pra ser bom tem que ser tosco", essa despretensiosa banda de nome estranho surge como uma voz dissonante no cenário independente brasileiro.
Aliás, ao ouví-los pela primeira vez você jamais diria que são gaúchos: não apenas pelo sotaque nada sulista do vocalista Fábio Sampaio - que por sinal vem lá de Recife, mas pelo som que esses quatro guris apresentam.
Ao contrário da onda sessentista e da ânsia de soar "indie", a Tanlan vem com músicas que não hesitam em soar radiofônicas e cantáveis, com refrões dignos dos grandes mestres da música pop. Mas não aquele pop chiclete, de usar e jogar fora. Um pop rock inteligente e uma produção digna de bandas americanas e britânicas, coisa rara no cenário brasileiro hoje em dia.
Produzido pela própria banda e pelo experiente engenheiro de som Kiko Ferraz (Papas da Língua, Nico Nicolaiewsky, Aquaplay, etc.) o disco de estréia da Tanlan logo se mostra um disparate com relação ao que vem sendo feito lá por Porto Alegre. Uma massa de guitarras, baterias na cara, baixos pesados, algo longe do tosco, simplório e, por que não, barato.
Cansado de modismos, tendências e bandas fabricadas? Acha que pra ser bom tem que ser tosco? A Tanlan te prova que não, tchê.