"Se tivesse que escolher a maior influência dos Terroristas de Butique, não seria Ultraje a Rigor, Ramones, Sex Pistols, Ovos Presley ou Dead Kennedys. Seria a comédia. Uma das bandas mais escrachadas e performáticas a se apresentar no palco do Curitiba Calling, surgiu em 2007, mas apenas um ano depois se tornou o que é hoje: autoral, independente e bem-humorada.
O principal objetivo é justamente fazer um som divertido e engraçado, como conta o vocalista e guitarrista Raphael Rostaizer. "Na verdade tudo pode ser influência. De Leandro e Leonardo a Kreator passando por Bee Gees, Slayer e Britney Spears. Chaves, Trapalhões, Super Mário Bros, Falcão e Genival Lacerda também são muito importantes ideologicamente para a banda", cita. Para compor, nada mais simples: a inspiração está no cotidiano, situações que passam pela vida dos integrantes, temas com os quais os fãs podem se indentificar e rir. "Daí é só emendar um palavrão", explica a receita que já rendeu uma música oficial, "Minha Namorada Não Peida". Afinal, vamos combinar que a namorada de ninguém peida... Namoradas são seres perfeitos, né?
Apesar do grande foco da banda ser as músicas próprias, os Terroristas engatam no repertório alguns covers escolhidos a dedo de acordo com o perfil cômico: B52's, Dr. Silvana e Los Estrambóticos. Também são divertidas as sátiras a outras músicas que o grupo faz. A originalidade garantiu o sucesso do grupo, que já tocou no mesmo palco que Graforréia Xilarmônica, Maldita e Wander Wildner. E também rendeu muita polêmica: já rolou ameaça de processo, para não falar dos equipamentos que foram sequestrados por ex-membros da banda, um bar que quase pegou fogo, mães de fãs preocupadas com a má influência que a banda tem sobre seus filhos... Ih, tem história suficiente para muitas novas letras!"

Aline Baroni, mondobacana.com