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Release
bandacanta as belezas e as tradições da região do Cariri, no sul do Ceará. A cidadehistórica de Barbalha é o cenário para a banda que faz música na basebrincadeira. “É uma cidade pacata, acolhedora, traz esse calor regional, essacoisa boa de se viver, essa inspiração, esse monumento que é a região doCariri", explica Haley Ramalho, flautista.
O irmão Roosevelt toca violão e o amigo Cícero, percussão.Esses são Os Peleja.Quem faz as letras é Rainério Ramalho, irmão de Roosevelt e Helley.
Rainério é médico. Hoosevelt e Helley, quando não estão cantando, sãoinstrumentadores cirúrgicos.
O nome da banda vem do verbo pelejar, o mesmo que batalhar, insistir em umobjetivo. Nada mais adequado para quem há dez anos tenta fazer sucesso tocandosó música regional. O primeiro show foi adiado três vezes. “A peleja maior domundo para tocar num estabelecimento dentro da sua cidade e você não teroportunidade, então daí veio o nome”, conta Helley.
As músicas falam da rotina de Barbalha. Cantam a festa de Santo Antônio. Pelatradição, moça solteira que arranca uma "lasquinha" do tronco dabandeira do santo, casa logo. Com Os Peleja, essa história ganha ritmo. “Dabanda Cabaçal ao Reisado, ao Maneiro Pau, a gente mistura na nossa panela e faznosso próprio estilo”, disse Cícelo.
Em casa, dona Vilmar, mãe coruja, nunca se importou em ceder espaço para osmúsicos. “Eu sempre disse que o primordial é o estudo, mas também tinha queconservar o lado artístico deles.”
Com alegria e criatividade, os vizinhos do “padim Cícero” ocupam cada canto dacidade e sonham em levar um pedacinho de Barbalha para o mundo. “Vou serregional até o fim e é pelejando que a gente consegue”, disse Helley.