Corpos Celestes
Composição: Tiago Messias."A enciclopédia galáctica, no capítulo sobre o amor, diz que ele é muito complicado de definir;
Evite, se for possível."
E o menino crescia, e, com ele, suas vontades;
Seu velho telescópio já não era o bastante;
Precisava estar lá, sentir a gravidade;
Fazer o que ninguém jamais havia feito antes;
Futuro decidido de repente;
Sem medo de altura, agora, um homem num foguete;
Sozinho, longe de casa;
Vendo em suas mãos;
O sonho se transformar em poeira cósmica;
Pessoas são como as estrelas;
Vislumbramos o brilho e queremos tê-las;
Projetamos nossos desejos;
Até que uma nova aconteça;
Pessoas são como as estrelas;
Vislumbramos o brilho e queremos tê-las;
Mas o tempo é relativo;
Às vezes o que vemos são lembranças apenas;
E a menina temia que isso não fosse verdade;
Não entendia a ausência toda noite;
O calor daquele corpo não era exclusividade;
E a falta de cautela lhe causou um câncer;
Agora, de óculos escuros pra não cegar os olhos;
Esconde as marcas da desilusão na pele frágil;
Sozinha, de volta ao seu esconderijo;
Onde as sombras aguardavam/a guardavam;
Pessoas são como o sol;
A mesma energia usada pro bem também é usada pro mal;
Mantenha uma distância segura;
Se proteja mesmo no próprio quintal;
Pessoas são como o sol;
A mesma energia usada pro bem também é usada pro mal;
Cuidado com a exposição excessiva;
O contato é fatal;
E o velho esperava um dia conhecê-la;
Há muito tempo sua única companheira;
Por tudo isso e os rascunhos no caderno;
Poder, então, agradecê-la;
Ouviu boatos sobre alguém que conviveu com ela;
Após ter perdido uma estrela;
Ansiou encontrá-lo, saber detalhes;
Mas morreu antes que se decepcionasse;
Pessoas são como a lua;
Se mostram grandiosas pra serem admiradas;
Mas também são frias e vazias;
Quando desmistificadas;
Pessoas são como a lua;
Se mostram grandiosas pra serem admiradas;
Fases e faces;
Ocultando lados e seduzindo sem luz própria.