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Tudo começou no ano de 1992, quando Luciana Maria Venâncio, uma mulher pobre, negra, doméstica e agora mãe solteira, deu a luz à uma criança cujo o nome é Tiago.
Tiago Filipe Venâncio Dutra (pra ser mais exato), é o nome do nosso querido (e mais conhecido no meio do rap como) TL no beat.
Nascido em Nova Lima, uma pequena cidade de Minas Gerais, Tiago e sua mãe moraram lá durante o período de 1 ano apenas, e logo se mudaram para uma também cidade pequena chamada Cristiano Otoni, onde Luciana teria mais oportunidades de emprego para poder dá uma vida melhor para o filho.
Tiago conheceu o pai biológico Cloves Dutra aos 7 anos de idade, devido o divórcio dos pais ter ocorrido antes dele ter nascido. Aos 13 anos seu pai se aproximou dele, foi quando ele conheceu os outros irmãos por parte do pai. Agora adulto, Tiago tem um bom relacionamento com todos.
Da mãe, Tiago herdou o aprendizado de que é preciso trabalhar todos os dias para ganhar a vida com dignidade e honestidade. Uma mulher gerreira que sempre enfrentou e suportou tudo pelos filhos. Passoupor muitas dificuldades nos anos 90, não tinha condições de comprar roupas e alimentos, era desgastante a ponto de se sentir fraca nos dias seguintes. Perante todas as situações sempre foi uma mãe de pé no chão.
Ainda na cidade de Cristiano Otoni, onde passou a maior parte de sua vida, Luciana conheceu Joel Gonçalves, com quem teve carinho, afeto, estabilidade e futuramente uma filha chamada Raíssa Gonçalves.
Tiago seguia sua infância tranquila, até que sua mãe decidiu se mudar para a grande capital Belo Horizonte, pois conseguiu uma boa oportunidade de emprego. Com tudo que havia acontecido, deixou Tiago, ainda criança aos cuidados do pai de criação Joel e com Raíssa sua irmã mais nova.
Anos depois veio o divórcio e logo em seguida um novo casamento, junto com ele a alegria de um novo irmão, o caçula Kelvy.
Além da convivência familiar cercada de afeto, a música é outra coisa constante na trajetória do nosso produtor. Enquanto a mãe ouvia Roberto Carlos todas as manhãs de domingo, ele era fascinado pelo som do violão, mas o que realmente mexia com o seu coração era o rap, o som favorito no rádio toca fitas da Gradiente. Conheceu várias músicas pela rádio, conheceu mais grupos de rap da época, como Racionais, Facção Central e o rapper americano Eminem. A partir daí foi tomando conhecimento não só pelo rap, mas também pela cultura hip hop que abrange também outros elementos.
Foi também na sua adolescência que Tiago e seus irmãos ganharam o primeiro computador, e foi nele que se aprofundou e seguiu em conhecer a cultura hip hop. Na época no bairro em que moravam era muito raro alguém ter computador, pois era um bairro simples com pessoas humildes. A notícia do computador se espalhou tão rápido que até tentaram entrar em sua casa para roubá-lo.
Graças aquele primeiro computador, Tiago também conheceu um programa (que provavelmente todos já usaram) o Paint, e começou a tomar conhecimento de mais um dom, o de designer gráfico. A evolução como designer foi bem visível, logo estava usando o photoshop de maneira profissional.
Tomando conhecimento que o hip hop e o rap andavam de mãos dadas, começou o seu interesse pela dança. Nas festas de ruas via sempre um grupo de pessoas dançando charme e resolveu que queria aprender. O seu cérebro inteligente em pouco tempo conseguiu aprender todos aqueles passos, e então ele juntou todos os amigos que gostavam do hip hop e criou um grupo de dança. Dançava em alguns eventos da cidade, como nas festas da escola. Quando tinha festa na rua eles sempre estavam lá com seus passinhos de dança. O grupo não durou muito, mas insistindo em ficar dentro da cultura, Tiago resolveu que seria músico. E se ele resolveu, está resolvido.
Querendo ainda estar dentro da cultura hip hop, nosso ainda não produtor resolveu que ia pixar muros (achando que fosse correto), até que conheceu uma galera que fazia grafite. Não posso deixar de dizer que além de todas essas habilidades, o nosso "crânio" também é um ótimo desenhista, podem acreditar.
Ao decorrer do tempo em que começou a compor, Tiago juntamente com os seus amigos criou um grupo de rap chamado Gang Star. O grupo era composto por Tiago e seus amigos Caio, Higor e Othon. Mesmo sem muito conhecimento na época, ainda conseguiram gravar um som caseiro com instrumental da internet em um programa de computador. A música se espalhou pelo bairro e os adolescentes da época curtiram tanto, que deram um incentivo a mais para continuarem. Os amigos levavam como uma brincadeira e Tiago buscava algo mais sério no meio artístico, então não muito tempo depois o grupo foi desfeito e ele resolveu correr atrás dos seus objetivos sozinho.
Um dia conversando com sua irmã sobre a vontade de começar a cantar, descobriu que ela também escrevia suas próprias letras. Se identificaram na hora e logo surgiu a idéia dos dois cantarem juntos. Assim começaram a compor juntos e misturar as suas idéias, começaram a pensar grande e procurar um nome que realmente os reprentasse. Enfim, o nome Panóplia.
Envolvido com a dança, Tiago conheceu um professor que na época começou a dá aulas na sua cidade. Burê era professor de break e também era mc, cantava em vários eventos e conhecia muitas pessoas no meio da cultura. Tiago conversou com Burê sobre a vontade de cantar, explicou que até havia feito uma música mas que foi tudo emprovisado. Disse que ele e sua irmã haviam montado um grupo de rap e que gostariam de se apresentar em algum lugar pra mostrar o que haviam construído até ali.
Burê também tinha um grupo de rap chamado Predicamento Impoluto. Teve muita boa vontade e muita paciência para explicar o que era o rap e o tamanho do compromisso que era se expressar através dele. Mostrou fotos e vídeos para que entendessem melhor o meio em que estavam prestes a se envolver. No intuito de ajudar a divulgar o Panóplia e fazer parte da sua história, Burê deu idéia de uma participação entre os grupos. Então a primeira música do grupo foi Pensando na vida, com a produção de Tiago e participação do grupo Predicamento Impoluto, para marcar a primeira conquista concreta do Panóplia. Burê apresentou Tiago e Raíssa aos amigos mcs, os levou em alguns eventos e enfim deu a oportunidade deles se apresentarem em um dos seus shows.
O primeiro show aconteceu em um evento na cidade de Ouro Preto, onde grandes nomes do Rap Nacional estariam se apresentando. Foi ali o primeiro show de muitos que se sucederam. Cantaram apenas duas músicas, mas com a satisfação de como se estivessem feito um show completo. Deixaram a sua marca ali, e naquela mesma noite abriram portas para se apresentarem em outros eventos.
Tiago e Raíssa se identificaram e investiram na carreira de mc. Luciana, a mãe deles, comprou uma caixa de som com dois microfones para que eles pudessem ensaiar as suas músicas. Eles participaram de vários eventos, conhecendo assim muitos mcs, b.boys, grafiteiros e até dj's. Entre muitos grupos que conheceram, ficaram mais próximos de alguns, como Sem Meia Verdade, Verbo Extremista, rapper Blitz e outros.
Já com algum conhecimento no meio artístico, o grupo Panóplia entrou para a banca NósPegaEFaz de Belo Horizente, firmando mais ainda seus pés no mundo do rap.
Com muitas músicas já escritas, Tiago que na época tinha 17 anos resolveu que gravaria um CD, porém ele e a irmã de 14 não tinham muitas condições financeiras para poder pagar as passagens para a grande capital BH, pagar pelos beats e ainda pagar o studio para gravarem. Sendo assim, ele deciciu tentar fazer os beats em casa, e é aí que começa a sua carreira também como produtor.
Fazendo seus próprios beats, foram gravando suas músicas de acordo com que conseguiam pagar, e com muito esforço conseguiram gravar o seu primeiro CD. Estavam extasiados com o que haviam conquistado e ainda com muito esforço.
Esperando pelo CD, o grupo que já havia pago por tudo recebeu a infeliz notícia de que o produtor do studio havia perdido todos os dados que estavam sob seus cuidados, incluindo o cd que eles haviam acabado de gravar. O produtor não devolveu o dinheiro que foi gasto por eles, menos ainda deu uma satisfação e hoje após 11 anos, o grupo ainda não tem CD gravado.
Tiago foi crescendo como mc e como produtor, dia após dia ele conhecia mais pessoas e ganhava mais conhecimento dentro da cultura.
O grupo Panóplia que começou no ano de 2010, foi se desenvolvendo. Junto com as novas amizades vinham novos eventos e com isso novos shows. Nesse meio tempo ficaram mais próximos de Nikolas (Verbo Extremista) da cidade de Congonhas e com isso fecharam uma parceria. Nikolas tinha um studio caseiro, onde produzia e gravava suas próprias músicas e foi assim que Tiago e Raíssa tiveram a oportunidade de lançar algumas músicas aleatórias, entre elas, Queda de braço que teve participação do próprio Nikolas.
E as participações não paravam por aí, nem os shows.
Em 2012 Tiago lançou a sua própria produtora, a TL Beats. Começou a vender os seus primeiros beats com o preço de 20,00 reais. Gravou pela primeira vez com gringos e lançaram a música Pelas Ruas, a participação foi com The Jotaka Carrillo Demonios Sekt (méxico), dj Coach One (Alemanha) e Topas (Alemanha). O lançamento foi uma surpresa para todos, vendo que seu beat iria tocar no exterior.
Ainda em 2012 a banca NósPegaEFaz foi convidada para participar de um projeto do dj Spider Pro-Beats, o projeto incluiu vários grupos da banca, sendo eles Sem Meia Verdade, Crime Verbal, Diário Oficial da Periferia, Budog, Pekena, Predicamento Impoluto, Submundo e o próprio grupo Panóplia. A música foi lançada com sucesso e teve muitas visualizações no youtube. Hoje em dia a música não pode ser mais encontrada por causa de um conflito interno da banca, mas com toda certeza foi algo que marcou muito o Panóplia. Tiago antes mesmo de pensar em cantar, já havia ouvido sobre a banca NósPegaEFaz e a gravação da primeira versão da música com outros mcs, foi algo que ele nunca imaginou acontecer na vida dele, foi algo que muito marcou, vendo que agora era ele ali.
Na virada de 2012 para 2013, o grupo SMV (Sem Meia Verdade) lançou a música Tudo novo de novo, que teve várias participações, o grupo Panóplia também participou. Entre todos os grupos que participaram da música, teve também alguns funkeiros, e foi aí que Tiago também fez algumas amizades nesse meio.
Em 2013, Panóplia lançou a música É o furacão com participação do grupo SMV, e logo em seguida fizeram outra participação na música romântica Eclipse. Lançaram Na madruga com participação do grupo Verbo Extremista e seguiu traçando planos e metas para o futuro no meio artístico.
A produtora TL Beats fez o lançamento da mixtape Na pista, uma mix dos raps mais dançantes da época e foi tocada em várias festas da região.
O grupo lançou também em 2012 a música A noite é uma criança, uma música que marcou a história do Panóplia.
Apoiando outros projetos também, Panóplia participou da pesagem oficial da luta de um amigo próximo. Alan Alves o lutador de MMA, recebeu a força do grupo no dia da sua pesagem para o Super Fight Lafaiete 2. Algum tempo depois Alan foi homenageado por Tiago, com uma música com o seu próprio nome, o divulgando como lutador, a música está ainda em processo de lançamento.
O grupo Panóplia ganhou força e cantaram em vários lugares e cidades, todas em Minas Gerais. A primeira cidade a se apresentarem foi Ouro Preto, na liga dos mcs, dividindo o palco com o grupo Predicamento Impoluto, onde Burê deu a oportunidade de uma participação no show, cantando a música que fizeram juntos. Essa não foi a única apresentação que fizeram na cidade, Tiago voltou ainda mais uma vez no carnaval de 2011 para deixar registrado o nome do grupo.
Cantaram também na cidade de Congonhas. Foi no evento Estação Cultural, onde chegaram a conhecer vários grupos e fazer mais amizades. A união com o Nikolas se firmou nesse evento, e depois daí vieram mais shows e mais parcerias. Se apresentaram também na famosa romaria nos eventos 4 e 5 Cultura Viva Hip Hop. Ainda em Congonhas também se apresentaram no evento Cultura das Ruas, um evento que foi muito importante na divulgação do grupo.
Ainda no começo da carreira, o grupo foi chamado pra se apresentar na cidade de Sabará, no evento Mostra Canta e Dança BH - edição Sabará. Era longe e eles não conheciam a cidade, mas enfrentaram as barreiras para estar lá apoiando o rap e mostrando que mereciam está ali. Foi uma experiência muito boa para eles, já que conheceram alguns dos artistas que tanto admiravam, como Ice Band e Das Quebradas.
Show após show, foram crescendo nos palcos, mostraram cada vez mais que ganharam experiências e tinha propriedade para representar a cultura. Conselheiro Lafaiete foi uma das cidades que mais se apresentaram, foi de eventos nas quadras do Progresso à show no cristo da cidade. Apoiaram vários mcs, e conheceram vários grupos de peso. Se apresentaram no evento Art In Lafa 1 e 2, que também foi muito importante para eles. Participaram do Hip Hop Pela Paz, Complexo Rap, entre outros. E assim foram crescendo mais e mais, a cada apresentação. Em Contagem se apresentaram apenas uma vez no evento Contagem Hip Hop, mas foi suficiente para ser reconhecidos pelo dom. Conheceram ainda mais pessoas, onde foi abrindo o leque no ramo da música.
Na pequena cidade de Cristiano Otoni, onde foram criados, receberam a oportunidade de se apresentar. Quando a oportunidade apareceu, eles já haviam cantado em outras cidades. A surpresa foi grande ao saber do convite, já que ali mesmo foram discriminados por diversas vezes, marginalizando o conteúdo de suas músicas. Eles aceitaram na intenção de mostrar o real conteúdo do seu trabalho, mostraram que sabiam fazer jus ao significado do nome, um soldado armado pronto para guerra.
Fizeram sua primeira apresentação no evento do aniversário da cidade, a Festa de Santo Antônio, e no ano seguinte também se apresentaram no mesmo evento. Cantaram na antiga estação da cidade, em um evento onde divulgavam os artistas que moravam ali. Muitos não conheciam o trabalho do grupo, tinham ouvido apenas falar que cantavam, foi aí então que ganhou os seus primeiros fãs na cidade, que além de fãs, eram também amigos. Se apresentaram uma outra vez na cidade, e o show foi tão bem visto que o responsável pela cultura da cidade de Cristiano Otoni, os chamaram para se apresentar na grande capital Belo Horizonte em frente a prefeitura, no evento Escadaria na Feira Cultural, e lá foram eles. Gostaria de agradecer nesta biografia, ao Robson, o já falado responsável pela cultura da cidade. Agradecer as oportunidades que ele deu e agradecer por sempre ter acreditado e impulsionado o trabalho do grupo. Ainda em BH participaram dos eventosRasgos Urbanos, Apresentação - SMV participação do Vozes do Morro. E também participaram da Liga dos mcs - Crime Verbal Convida. Todos os eventos adicionaram muita experiência boa na carreira do Panóplia.
Eu queria parar um pouquinho esta biografia e dá ênfase à uma pessoa que sempre acreditou no potencial do Panóplia. A dona Luciana, a mãe do grupo, onde sem ela nada disto seria possível. Em todos os shows e eventos, ela estava lá, gritando e apoiando com todas as forças que tinha no seu coração. Quero dizer que todo o seu esforço sempre foi reconhecido e que ela sempre vai ser a razão por tudo isso.
Em meio a todos esses show e eventos e gravações e músicas perdidas, Raíssa foi se perdendo da cultura e no ano de 2014 resolveu sair do grupo, e se "aposentar" da música. Foi um ano muito difícil, com isso até os eventos diminuíram.
As coisas foram ficando difíceis para Tiago, vendo que sua irmã e sua mãe haviam se mudado para a cidade do Rio de Janeiro. Sozinho, ele foi levando a música desde então.
Ainda em 2014, Tiago também resolveu se mudar para perto de sua mãe. Uma mudança rápida, mal planejada e que mudaria a sua vida. Mas antes mesmo de se mudar, ele organizou o primeiro e último evento na sua cidade, envolvendo assim os 4 elementos do hip hop.
Com convidados de todos os tipos, foi um evento grande na estação da cultura de Cristiano Otoni, onde tiveram vários grupos de rap, grafiteiros com suas artes, b.boys dançando e djs fazendo a festa. O evento marcou a carreira do Panóplia, sendo seu último show na cidade até hoje. Vale lembrar que o sua última música morando ainda em Minas Gerais foi Freio de camburão com participação do Rapper DL de Conselheiro Lafaiete, e ainda nesse evento foi apresentada ao vivo pela primeira vez.
O grupo Panóplia foi o primeiro e talvez único grupo de rap na cidade de Cristiano Otoni, em meio aos desafios e tantas dificuldades eles fizeram um bom papel ao representar a cultura hip hop na cidade.
Chegando na cidade do Rio, Tiago começou a trabalhar como motorista de transporte coletivo. Sendo assim não tinha tempo para compor ou produzir os seus beats.
No ano de 2015 quando estava já familiarizado com o lugar e já estabilizado financeiramente, voltou a produzir com toda a sua garra. Em 2016 ainda no Rio, Tiago teve que mudar o nome de sua produtora de TL Beats para TL no Beat. O motivo foi que já havia uma produtora com o mesmo nome, e não poderia ter dois registros com nomes iguais. Tiago se dedicou mais à carreira de produtor que de cantor, mesmo que as vezes gravou participações e fez até video clipes.
O tempo foi passando e Tiago conseguiu arrumar um tempo para colocar em prática todos os seus planos com a música. A abertura para isso foi com a música que marcou o coração de muitas pessoas que pôde ouvi-la, a música Somarcas lançada em 2016 depois da barragem de lama em Mariana ter estourado destruindo a vida de muitas pessoas e matando várias outras. Tiago, assim como muitos não pôde sentir calado todo aquele nó na garganta e colocou para fora todos os sentimentos em relação ao que houve com a pequena cidade histórica de Mariana.
Mudando o seu ritmo do underground para uma tom mais dançante, em 2017 Tiago resolveu tentar algo novo fazendo a música Ela sabe, onde teve um bom resultado, abrindo novos horizontes para um novo rap e novas parcerias.
Nesse mesmo ano conheceu Dub hip hop, um artista mineiro da cidade de Congonhas e foi onde juntos fecharam uma parceria com a música e com produções. Lançaram juntos a música O boy e o maloqueiro, e logo em seguida lançaram a música responsável pela grande mudança na vida dos dois. Bate de quadrado foi lançada em 2018, a música que fizeram para encontros automotivos e para o Clube dos quadrados, que se reuniam para desfilar com seus carros pela cidade. A música foi se espalhando e foi viralizando nas mídias, até hoje o número de views só vai crescendo e a cada dia que passa a música traz mais orgulho para eles e através dela muito mais conhecimento.
A carreira na música foi crescendo juntamente com a carreira de produtor, Tiago lançou também em 2018 a música em ritmo dançante Mais que lost, música para todas as idades que pode ser tocada em uma boate ou na sala de casa com os amigos. No mesmo ano Tiago juntamente com Verbo Extremista e o grupo Sem Meia Verdade lançaram a música Caça aos morcegos, a letra que fala especialmente sobre os morcegos do rap, aqueles que aparecem nas fotos e não trabalham em nada. A música que veio pesada em forma de protesto atingiu um público não esperado, provando que conseguiram passar a mensagem que queriam.
Em 2019, novamente com a triste e repetida tragédia que aconteceu, Brumadinho foi palco de muitas lágrimas pelas vidas perdidas e desaparecidas no meio da enchorrada de regeitos de minérios. O que já havia ocorrido antes, agora veio com mais forças, levando mais vidas e o que ainda restou de esperança no coração daqueles que ficaram para contar essa triste história. Mais uma vez o coração no nosso menino não se calou, e ele despejou com palavras de ódio, dor e protesto em sua música Aquarela triste. A música que teve a produção musical do Jurrivh, pianista emocional de Zagreb na Croácia, conseguiu tocar o coração de todos que a ouviu, ainda mais quem viveu de perto essa lamentável tragédia.
Com parceria com o rapper Dub hip hop, lançaram a música Vem dançar, juntamente com o vídeo clipe. O clipe foi gravado na cidade histórica de Congonhas, na famosa romaria da cidade. A gravação foi feita por P.drão, um dos maiores cinegrafistas de Belo Horizonte, a música que foi feita para todos os ouvintes e também se encontra em todas as plataformas digitais.
Neste mesmo ano de 2019, Tiago iniciou uma sociedade no studio Atack Records na cidade carioca, localizado na Ilha da Gigóia. Não muito tempo depois ele se afastou por motivos de saúde e a sociedade terminou. No entanto a parceria entre o grupo Panóplia e o Dub hip hop foi crescendo cada vez mais e criando um vínculo de amizade com elos mais fortes. A partir daí entraram juntos em projetos musicais, o melhor e maior deles foi quando em sociedade conseguiram ser donos do canal Rap Nacional. Com muito esforço conseguiram conquistar a confiança do seu público, o canal que lança várias músicas de cantores conhecidos e os menos conhecidos está crescendo e com isso conseguindo divulgar muitos mcs que sonham em ser ouvidos por um grande público. A idéia é a cada dia mais se especializar em atender músicos e divulgar o trabalho no meio do rap.
Através de tudo isso, TL no Beat vem crescendo como produtor e fechando muitas parcerias com grandes nomes do rap, e com mcs de todos os estados do Brasil.
Na atualidade TL no Beat está trabalhando em um disco do Sem Meia Verdade e Eazy CDA no projeto Alimente a sua fé e seus medos morrerão de fome. Além disso está trabalhando no disco solo do THL do grupo SMV, no disco do Tiago SDR e também no disco do Dub hip hop.
A história de um menino sonhador que conquistou tanto e ainda tem muito para conquistar. Os trabalhos não param e só chegam mais e mais pela frente, com vários projetos já programados como a mixtape Nitroglicerina. A mixtape contará com artistas de vários ritmos e de vários estados do Brasil. Vai ser uma surpresa para todos aqueles que tiverem o privilégio de participar e de ouvir.
Cada pedaço que Tiago colocou o pé, cada lugar que foi bem recebido, cada palavra de ânimo e bondade, cada oportunidade que recebeu. Coisas ruins que aconteceram, palavras de fracasso e tudo que foi falado para desanimar, tudo foi um impulso para que ele chegasse onde está e a cada dia mais perto de uma vitória. Para cada ofensa, uma vitória. A estrada é longa e a vida tem muito o que correr, ainda tem muita coisa boa vindo por aí, a história ainda não acabou.