O Cravo E A Flor
Composição: Tribo da Periferia.Mais uma vez o cravo e a flor
Romantizaram toda essa ilusão
Normalizaram o ódio e a dor
É que misturaram a covardia com a decepção
E não tem endereço seja aonde for
Não importa sua classe
Seu credo
Sua cor
Desculpa aí, mas alguém me explique
Por favor!
Como diz que ama, mas mata quem ama por amor?
É como se não houvesse
Como se ninguém soubesse
Como se fosse algo normal
Como se não existisse
Enquanto os sonhos perecem
Todos se calam perante esse mal
Vários sonhos, 26 anos de idade
Duas filhas pra criar e uma vida pela frente
Me lamentando, narrando essa homenagem
Sentindo que o fim de tudo podia ser diferente
Infelizmente os heróis se tornam vilões
São ações que superam todas as decepções
Matar quem ama é como assassinar a própria mãe
Eu classifico assim como a pior das traições
Como é que pode achar normal?
De um lado a pura sensibilidade emocional
Do outro lado tem o homem bom e o homem mal
Geralmente o do mal vem sempre disfarçado de legal
A maldade as vezes “cê” percebe tarde
E tudo começa com beijo
Amor confunde ao ódio
Se torna saudade
É que a maldade as vezes “cê” percebe tarde
E tudo começa com beijo
Amor confunde ao ódio
Só resta saudade
E nos versos tristes dessa poesia
Eu trago a voz de todas as Marias
De todas as mulheres
Que tiveram seu destino roubado
Pelo feminicídio
É como se não houvesse
Como se ninguém soubesse
Como se fosse algo normal
Como se não existisse
Enquanto os sonhos perecem
Todos se calam perante esse mal