O T. (Tiranossaurus) que antecede o gênero (Rocks) refere-se a longa caminhada dos integrantes e que só encontra ressonância nas histórias dos grupos que sobrevivem por longo tempo.
O diálogo entre os acordes distorcidos e os riffs das guitarras leva nosso imaginário ao encontro dos que, um dia, tinham o que falar (Raul Seixas, Cazuza, Renato Russo, entre “ouros”), pois tinham uma razão (emoção!) para cantar o que se tinha para falar.
O repertório oferece uma diversidade de canções autorais e o universo do discurso poético aborda temas do cotidiano em toda sua amplitude, porém, com evidente órbita nas questões sociais e existencialistas.
Sim, o som tem peso, mas, contrariando as imposições da indústria fonográfica, as melodias são bem desenhadas e ganham novas dimensões e significados por força da palavra poética.
A banda não revoluciona o gênero e, sim, conserva a revolução que o rock fez na estética musical.
Para entrar no lugar do que é mera reprodução de receita, só a experiência para sugerir novos modelos de transformação, e longe de virarem fósseis, os maduros "meninos" da banda T. ROCKS demonstram ter muito combustível pra queimar.