Pálida Galáxia (O Banquete De Plutão)
Composição: Ronconi de Abdera.Pálida Galáxia (“O Banquete” de Plutão)
(Letra: Ronconi de Abdera / Música: Trovadores de Sodoma)
S = k log W
O Big Bang foi o “Bang” de um tiro
No ouvido de Deus
As supernovas são células mortas
Na escuridão da necrose
Nessa imensa maquete mal-ajambrada
Nada aponta pro norte
E nós tentamos aplacar o terror,
Chacoalhando ossos quebrados?
E eu que sou o equívoco horrendo de um segundo
Uma hecatombe no silêncio dos mundos
Grito da cruz o seu destino:
A escolha entre o ódio e o suicídio.
Elétrons, prótons, nêutrons e malevolência
Adão sobreviveu a um aborto
Nós herdamos os seus gritos
E agora não pega bem admitir,
A dissolução na entropia
Em um mundo infestado de piolhos,
É duro não coçar as feridas
Sem aquela panca de sapiens ‘livre’
Mastigando arames farpados?
E eu que sou um equívoco horrendo de um segundo
Uma pandemia para todos os números
Exponho o ‘cadáver glorioso’:
A revelação de um deus decomposto.
Entretenham-se
Em seu planeta estéril
Patéticos
Nós rezamos do inferno
Recomponham-se
Com sua velha Vontade,
Meus Ridículos Finitos só a dor,
É de verdade...
Nós nos vendemos, nós nos prostituímos...
Abrimos nossas pernas pela esmola de um sentido
Nós nos vendemos, nós nos prostituímos...
Abrimos nossas almas pela merda de um sentido
Refrão.
Elétrons, prótons, nêutrons e malevolência
O meu coração é um buraco negro
Sugando a luz no espaço-tempo
Rebelião dum átomo ao Cosmo,
Um disparo frio e sem propósito...
Pesadelo estruturado em carbono
No cadáver do Absoluto permaneceremos mortos
Meu corpo, morto, dissipado, no espaço...
Apague a última vela. Colida com a última estrela.
Oh, sweet collision, in the Eternal Oblivion...