Casa de barro o João fez lá na paineira sabiá na laranjeira, lá no mato a juriti... Canção do vento no teclado da palmeira, na capoeira canta alegre o bem te vi, campo florido e o riacho murmurando, só uma coisa está faltando no recanto onde eu nasci: Tá faltando eu! Tá faltando eu! No sertão que eu amo, tá faltando eu! Lua de prata, sol vermelho no poente, água fresca da nascente, nada disso aqui se tem... Gotas de orvalho na roseira perfumada, de madrugada, canta um galo muito além... Tudo bonito, mas reclamo, não tem jeito, que nem tudo está perfeito porque tá faltando alguém... Tá faltando eu! Tá faltando eu! No sertão que eu amo, tá faltando eu! Eu tinha tudo, mas por falta de juízo, meu pequeno paraíso troquei por uma ilusão... Da minha terra onde estão minhas raízes tempos felizes eu guardei no coração, som de viola, companheiros reclamando: “Volta logo, está faltando um violeiro no sertão!” Tá faltando eu! Tá faltando eu! No sertão que eu amo, tá faltando eu! Tá faltando eu! Tá faltando eu! No sertão que eu amo, tá faltando eu!