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Tula Black

Tula Black

Cidade/EstadoBetim / MG
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Autografando Indignação, Rap Música Clássica - Tula Black

Composição: Carlos Rodrigues de Souza (Tula Black).
Autografando indignação Tula Black Creio na esperança, escondida na caixa de pandora Creio na luta, na batalha, na vida que chora Sou gladiador nato, sobrevivente apto Passando pela terra. pelas garras dos larápios Atropelando os dias, as cinzas das horas Vou buscando o meu destino, construindo minha história Crueldade em massa é o que tem no meu terreiro O povo segue em frente com fé no santo guerreiro Vivendo sem sucesso, espremido pelos cantos Testemunha do universo e seu vazio desencanto Minha gente levanta balança essa poeira Vamos colher o ouro que tem nossa bandeira Os acordos são fechados, ninguém me aperta a mão Cadê nosso pedaço, quem roubou nossa porção Aí, moleque, se lembra dos sonhos de seus pais Isso já virou lenda, terra, pão e paz E aí está você, mais uma cria do sistema Enquanto ele te prouver, fica esquecido nosso lema O cansaço do caminho foi vencendo os seus pés Abandonou seu ninho, não sabe mais quem és E a comunidade que um dia te apoiou Virou vítima da fera que o sistema te tornou Olhe para trás, quantos passos tortos Assim como os seus muitos sonhos foram mortos Refrão: Vamos seguir em frente batalhando pela paz Poeta da favela não quer sangue nos jornais Seca os olhos, tateia o caminho, tome a direção Esse é o Tula Black autografando indignação Consequências surgidas do seu jogo capital Você que faz o sistema não passa de mortal Quero ver quem valoriza o suor, de nossas mãos Somos nobres, pobres, mas fazemos a nação Com orgulho, garra um pouco de ironia Enquanto o sistema mata, vou plantando alegria Quando nossa vez chegar, quero ver sua arrogância Se não chegar pra mim eu deixo de herança Quero um filho firme e forte, lutando do lado certo Com a cabeça aberta um moleque bom e esperto Que lute pela paz contra o mal que nos oprime É o recado que deixo ao jovem que está no crime Não perca o seu direito, não entre nessa dança Eles já são gaiatos querem tirar nossa esperança Levanta povo, levanta jovem, levanta nação Não vamos perder a fé na terra, na paz e no irmão Refrão Vamos pensar na paz que essa gente merece Uns morrem outros nascem, mas o lema não se esquece Direito de viver nesse caos mundial Criar os nossos filhos sem medo do lobo mal Colhemos fruto podre do jardim envenenado E o azedo dos meus lábios é verbos rimados A mentira anuncia um futuro duvidoso A gente finge que crê num mundo maravilhoso Vivendo de ilusão, abocanhando a migalha Remendando o colchão, costurando nossas falhas Vamos ressuscitar nossos guerreiros sem glória Por a boca no trombone pra concertar a história Quero um futuro limpo, sem vítima da ambição Chega de obscuridade de calo na minha mão Chega de miséria, de guerra e de pobreza Tudo fruto podre dessa maldita riqueza Letra: Carlos Rodrigues de Souza (Tula Black) e Lana Vilela

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