“Nossa Quebrada” Faço da rima a minha reflexão. Entorno sul, Rap é o tema! Curte um Rap do bom. Na humildade na fé, aí não vou parar. Entorno sul minha quebrada é aqui. Onde me criei, cresci, aprendi de tudo um pouco, curti. Alegrias e dores, dias bons e ruins. Gente indo e chegando e eu sempre me renovando. O Rap é música, revolução. Através das palavras, enquanto jovem era disso que eu precisava. Valparaíso a cidade. São Bernardo o bairro. Posto sete o codinome marcado. Dona Diana e seu orfanato. Com o Rap a mulherada missionárias cúmplices de sina. Meu primeiro ato, vários parceiros a postos e a molecada. A loja black style, bailes na festival. A capoeira, chibata o grupo tocaia. Muitas história no Rap eu vivi. Sou Vera Verônica, me sinto bem aqui! Sob suspeita é muita treta, você se lembra? Não quero que se esqueça. Não quero que se esqueça. Do tempo bom do Entorno Sul ladrão essa é a fita. Dos vinte e quatro horas, dos mixes mania. Da (Best cryl) tremendo, clube mano das antiga. As ruas de lazer, som até amanhecer. De Plan- GO a Luziania eu nunca vou me esquecer. De quem correu comigo e que me socorreu na hora em que foi preciso. Eu vou seguindo assim sempre o meu dilema. É o Rap que tá chegando, então sai da frente. Pois eu sou periferia! Ouça a voz que vem de dentro de você De um nobre sorriso a um leve sotaque. Da flor de um girassol ou mesmo da luz da cidade. Dos buracos na pista ou ao jogo de bad. Da linha chilena que nas férias diverte os muleque. De um rolezinho na feira, almoço com a família. Juntar os parça para um golzinho, a resenha é sadia. Do Novo Gama a Roma, de Paris a Dubai. É aqui que eu moro. E se não gosta, pra mim tanto faz. De um vasto campão. Seco cerrado. De frente pra BR, um lugar afastado. Alguns chamam cidade outros chamam roça. Aqui Luziânia, sem flores nem rosas. Apenas sorrisos florescem a esperança. No olhar de um pivete, alegria da criança. Sinto saudades do tempo da infância. Entorno Sul tô em casa. Ocorrência é a banca. Piratas do Entorno para dizer como é. Nossa quebrada hospitaleira de Marias e Josés. De um povo que luta sempre e não desiste nunca. Maioria do nordeste fugindo da vida dura. Fazenda urubu começou a ser fracionada. Conquistaram um pedaço de terra. Ergueram suas casa com muito suor e trabalho. Honestidade que deu fruto se constrói o Céu Azul. Essa quebrada que me orgulho! Vou rimando mais uma vez. Aqui os manos do Entorno Sul buscando igualdade. Assim que tem que ser. Pode crer que assim que é. Nossa quebrada. Me passa um make. Isso que é de quebra irmão. Rap para o sistema que é problema. Porque tu é a solução que encontramos. Para nossa mensagem ser espalhada. Para dar voz e existência a nossa quebrada. Saca. Para nós a chapa sempre tá quente. Mas o povo é guerreiro. Se ergue, segue em frente. É quente! Sou (Fele 15) essa é a ideia. Entorno Sul, (Francol os fayl) essa é minha quebra. Sou cidadão do Céu. Tô legal, tô firmão. Feliz por estar no meio dos irmãos. No coração do Val a quebrada tá sussu. Desde a Vila Aguaíra até o Cruzeiro do Sul. Na praça Central o ponto de encontro. Deus proteja os moleques que sempre batem o ponto. Fonte de inspiração o que vale lutar. Quebra de rocha o lugar que escolhi para morar. Faz bem lembrar, relembrar. Tudo o que aprendi aqui esse é o lugar. Jardim Ingá, Entorno Sul, sim. Um salve skatistas, b-boys, DJs, grafiteiros, Capoeiristas, rimadores e os basqueteiros. O samba dos Bambas. Fim de semana. A esses que emanam somos nós quem comanda. Me sinto agradecido no Rap. Quebrada em evolução. Vera Verônica, maior satisfação. E aqui tem atitude. Somos a resistência. Só tem Rap Nacional. Se a rima é um dom, caneta é unção então vou escrever. Não pode parar. Heyyyy… Era nós na função. Tempo bom. De all stars bambasão. No terrão. Sonhos bons que se vem e que se vão. Construídos aqui, nesse chão. Crescemos bem, na evolução e em tudo. Região metropolitana, mano esse é meu mundo. Cidade Ocidental é vei da ponte pra cá. Ideologia Entorno Sul, eis a minha quadrilha. VALY e prefere na sagacidade a cultura nós adere. Parte do paraíso, hoje está aqui. Pois a cada esquina tem um novo MC. Valparaíso é (It's my block) . Coletivo “Nós nas Ruas” fazendo é Hip Hop. Mil fitas era show. Irmão ali de quebra dia. Um, dois, três salve Pedrega, Lago Azul, Santa Maria. Eu sempre fui Vila, estação ponto final. Dos lazer lá da Feira do forró do seu Pascoal. Rap bolado no Caic fragmenta minha ação. Do Gama ao DVO faz jus a inspiração. Dos barracos de madeira. Dos fute com os moleques. Hoje sou Vera Verônica. 25 anos de Rap. Periferia prossiga!