04 Vias
Composição: Samuel Alves.Vagando pelas vias mais escuras
Brincando com a vida, vivendo uma loucura
Momentos que passei onde me sentia um rei
Pensava que eu era o cara, mas hoje sei que errei
Quando andei em terras distantes
Desejando fazer o mal a cada instante
Quem me vê desacredita, duvida e se agita
Espero que alguém me entenda, então reflita
Não sou o mesmo de três anos atrás
Tanta coisa mudou, relacionamento com os meus pais
Lembro da rebeldia que abraçava a minh’alma
O meu pai gritando alto e a minha mãe pedindo calma
Do grupo de amigos nunca fui o melhor
Vi a minha arrogância me levar ao pó
Ficava só com raiva do que o espelho mostrava
E o tempo passava e nada mudava
Lagrimas caiam quando eu estava sozinho
Mas na rua era o orgulho que traçava o meu caminho
E eu não chegava a lugar nenhum
Sem nada pra fazer, eu era só mais um
O mais impuro dos homens que conheci
Ainda não vi ninguém com tanta falha igual a mim
Mesmo assim Ele me amou, vejo que tudo mudou
Transformou, curou, quebrou, juntou, limpou
Sei onde vou chegar
Flores e espinhos cercam o caminho
Não vou desanimar
Vivo como alguém que não anda sozinho
O que ficou pra trás, nada me importa mais
Vi tudo se apagar
Passos arrastados no chão vagarosamente
Quando paro pra pensar lembro do som da corrente
Que me prendia, me perturbava noite e dia
Quem me conhece desde o começo sabe tudo que eu fazia
Cortava os meus pulsos pra tentar sentir uma dor
Que aliviasse a dor causada pela falta de amor
Talvez você não entenda o que estou dizendo agora
Mas sei que alguém se identifica e até chora
Tirar a própria vida já passou pela cabeça
Quando as lágrimas não param é normal que a gente esqueça o valor
Que temos pra aquele que suportou até o fim
Encarou a morte pra mostra que sente amor por mim
Talvez você também esteja passando por isso
Quem sabe a sua mente está tomada pelo vicio
Coisas que você sabe e nunca contou a ninguém
Com vergonha, com medo de ser o único refém
Mas dividimos o mesmo barco, ninguém escapa
Do mais frio vilão até super-herói com capa
Todos com fraquezas, com ou sem riquezas
Não adianta se esconder atras de fortalezas
Por mais impuro que esteja se sentindo
Levante sua cabeça, olhe pro espelho sorrindo
Se arrependa logo então, segure na minha mão
Sinta o peso do perdão, cante esse refrão
Sei onde vou chegar
Flores e espinhos cercam o caminho
Não vou desanimar
Vivo como alguém que não anda sozinho
O que ficou pra trás, nada me importa mais
Vi tudo se apagar
Não volto atrás pelo que me traz
Seguro em suas mãos
Em dias atrás fui o que não sou mais
Vivo ingratidão
Ao seu perdão