Santo Desviar
Composição: Vina.Maluco conduzido brinca de robô e eu sinto no meu peito formas de criar
buscando no entremeio a força pra cantar, assumo o compromisso, mas não sei se vou.
A turma da pesada do nazifafá que cheia da certeza viu o motor parar;
se o tempo se revolta pra se recriar, encontra na poesia o seu defensor.
Eu rompo contorcendo a linha do equador frustrando essa verdade do grande doutor;
artista que se mede tende a conformar as partes de uma tela sem se decompor;
ausente de desejo nega o abortar, maquia o sentimento e toda a sua dor;
calibre 700 só pra papocar a mente ressacada desse fui, não sou.
Sabendo brincar nesse santo desviar escapa da caixinha do jardim do amor;
partido predileto é saber trilhar quebrando o ornamento do nosso pensar;
pulsando mil conflitos a se equivocar no mundo do deslize só pra derrapar;
painho se refazendo pra poder entender que a estrada é muito torta pra se nortear.
Quem mata o experimento nega a visitar a busca do segredo do primeiro alô;
o massa de ser gente tá no transbordar na busca do remendo do que não chegou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou...
“Solta essa palavra pelo vento, o que faço e reinvento
se transforma todo dia numa nova poesia
que com o tempo escapa o tempo
entre glórias e lamentos, a palavra vai se modificar.
Fluida como a vida, oscilante como está
andando em uma rua e num instante retornar
pra uma nova rua que vai dá noutro lugar,
a palavra se constrói, se constrói, se constrói sem parar”
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou.
E eu sigo tagarela e nesse enredo eu vou...