Tributo A Zé Limeira
Composição: WALTER LAJES.TRIBUTO A ZÉ LIMEIRA
Acordei de madrugada
Com o rádio na cabeceira
Quando um táli de Ambrósio
Falava de Zé Limeira
O poeta do absurdo
De poesia matreira!
Num acorde urinário
Noite masturbando o dia
Defequei embriaguês
Engoli cevada fria
E um cachorro amarelo
Me olhava e se ria.
Sonhei com um velho padre
Com seu jeito militar
Disputando palitinho
Com um ET a gargalhar
Vi puta bebendo cuba
Sem assim Fidel deixar...
Um inseto rola-bosta
Quando viu latrina cheia
Ponteou sua viola
Adulando uma mulher feia
Que tava embaixo da pia
Coando café na meia.
Penso cá com meus botões
Quanto me sinto pelado
Feito banana sem casca
Sob um sol enluarado
Montado na minha jega
Que peidava engarrafado!
No dia em que chove vulva
Se plantando tu me dá
Tem mil meu, com mil seu
Nem precisa calcular
Se em tua roça tem zimpim
Vende quatro pés pra cá.
Só mora nesse país
Quem sabe beijar banguela
O que lasca é a bundinha
Quem bota na manivela?
Fecha a luz e apaga a porta
Pega nos peitinhos dela!
Eu fico meio iveréve
Comendo um tarrabufado
Respeito quem tem proscóide
Pois não sou disnibruado
Licuri é o cabrunco
Que nasceu pra ser quebrado!
Meu tino é o desatino
Que poucos entenderão
Pois jacaré na lagoa
Numa noite de São João
Tanto bate o pé que fura
Cai aqui na minha não!
WALTER LAJES.