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Wesley Perez

Wesley Perez

Cidade/EstadoGuarulhos / SP
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Voz Do Povo

Composição: Wesley Candido Machado Perez.
Do silêncio a sensatez, a voz de mais um louco. É um grito rouco representando a voz do povo. Do sonho de vida virando um pesadelo. Sente o efeito, a rima contrariando o desespero. Medo, nossa conduta é um mistério. Um passo no inferno, a letra borrada de um caderno. Manifestos da favela que enxerga, se liga! A vida só tem valor quando a gente valoriza. Resumindo o tempo não para a voz que nunca se cala. Eu sou a palavra que destroça como uma arma. Munição nunca acaba, meu alvo é a ignorância. O desespero de um pai de família, o prato vazio de uma criança. Arrogância, desamor, a esperança que se desfaz. Eu vi venderem a guerra e agora tentam comprar a Paz. Ainda tem mais, promovem a moda do desemprego. Eu sou um jovem cidadão correndo atrás do primeiro emprego. Da humilde moradia, covardia, barriga vazia. Da grande população que trabalha pra minoria. Que controla que governa. Projeto nacional de incentivo à miséria. Eu sou a voz da greve, a voz o RAP. Sou povo pobre, vivendo a comédia, não se diverte. O terror sem gravata, Autoestima e os guerreiros. Conselho, exija seus direitos bem daquele jeito. Jogo, a vida é assim, fogo contra fogo. Aqui é bem mais louco, representando a voz do povo. A minha palavra não vai passar, Deus vai ser por Nós. Um, dois, um, dois, ai irmão. Quem é contra nós? Refrão: Se Deus é por nós, quem é contra nós. Não estamos sós, nós somos a voz. [Bis 4x] Eu sou a voz da desobediência contida na memória. Eu sou o futuro, vivo o presente, fui o passado e virei história. Trajetória rimada, eu sou o lamento, eu sou a senzala. O escravo moderno, o calo na mão mexendo a enxada. Poesia declamada, liberdade, sociedade. Refém do capitalismo no lado pobre da cidade. Ou um quadro de terror renascendo todos os dias. Uma bala perdida, eu rimo a necessidade da família. Um filho único, bastardo, criado por mãe solteira. A família brasileira, o leite em pó na mamadeira. O final da feira, a cesta, a pedra branca no Xadrez. A falta de grana e alimento, o desespero do fim do mês. Sinal da cruz, herdeiro de quem matou Jesus. Da água não canalizada à gambiarra trazendo a luz. Pra iluminar a controvérsia e a nossa trajetória. Já inventaram a escrita e eu continuo na pré-história. Eu sou a voz do pobre, um som nobre trazendo a sorte. O som do caos no alto-falante aqui batendo forte. Eu sou a revolução de dentro do cativeiro. Eu sou o ritmo alternativo protestante brasileiro. Refrão: Se Deus é por nós, quem é contra nós. Não estamos sós, nós somos a voz. [Bis 4x]

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