Se você um dia fantasiou em ter uma banda de rock (e fazer todas aquelas coisas que passam nos filmes sobre bandas de rock) você estava sonhando em ser um desses caras. Parece exagero, mas eu explico.

Nos meados dos anos 2000 me lembro de ter visto o hipnotizante show de Wagner José e Seu Bando. Foi um lance meio esquisito. O contexto da época era o seguinte: tudo apontava para as novidades da música, Los Hermanos aparecia como referência, o rock flertava com o samba e tudo indicava que esse era o "caminho certo". A mistura de ritmos e gêneros soava como essencial à qualquer banda que vislumbrasse o sucesso. Pura bobagem.

Ao assistir o show do WJeSB o mito caiu. Rock misturado com Roll e só. Mistura mais perfeita impossível. Na música e no estilo de vida.Afinal, ao ver a disposição dos caras (que excursionaram o Brasil inteiro numa Kombi) ficou fácil entender de onde vem toda a verdade de suas canções.

A banda não veste uma fantasia do que pensam ser o rock. As canções não são sobre temas que parecem ser indispensáveis a uma banda de rock. Nem os riffs e melodias têm a intenção de dar uma roupagem mais blues ou mais clássica.

Esses sujeitos são a personificação da expressão "bom e velho rock'n roll", com tudo de bom e de velho que o rock merece.

(Caio Figueiredo - 2013)