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Breves palavras, longos caminhos.
Breves palavras, longos caminhos. Breves? Sim. Direto, conciso, sem rodeios. Palavras? Forma de expressar nossos sentimentos e idéias. Longos? É,longos. O caminho é longo e ao mesmo tempo gratificante. Simples assim: Breves palavras, longos caminhos.
Talvez não pudéssemos termos escolhido melhor nome pro nosso primeiro álbum. O título, simples, denota a nossa sensação atual e a maneira como tratamos o jeito de fazer música.
Trancafiados durante um ano em estúdio, giramos, tentamos, testamos, compusemos, concebemos e finalizamos o primeiro fruto de nosso esforço. Acompanhados por nosso produtor, que nos ensinou como aplicar de maneira lógica e coesa nossos sentimentos na canção, pela primeira vez, gravamos algo nosso, e digo: é muito gratificante. É gratificante acompanhar todos os estágios da concepção. Desde quando listamos as canções, ainda brutas, até o estágio final, mixadas e masterizadas, depois de arranjadas.
Várias noites de sono perdidas, vários dias de cansaço físico e mental, vários dias de ansiedade (que com o tempo aprendemos a controlá-la) e depois de 1 ano, o trabalho pronto. Se foi válido? Completamente. Enfrentaríamos tudo de novo, tudo.
Ter um trabalho seu, próprio, é algo imensurável. Desculpem-nos, mas a sensação é essa: êxtase. É incansável a repetição.
Durante esse tempo também fomos de uma ponta à outra do mundo da música. Desde o rock, passando pela mpb, pelo reggae, pelo pop e hoje estando num estilo que mescla tudo isso, dando mais ênfase ao rock, ao pop e à mpb. A presença destes elementos é completamente notáveis, nos quatro, digamos, principais elementos da música: letra, ritmo, harmonia e melodia. Amadurecemos bastante, incluindo em nossa biblioteca nuances de mpb e jazz. Conseguimos conciliar tudo isso à 10 canções e com unidade, nada destoando. Os timbres, colocações, progressões, todos eles se fazem coesos por todo o disco. Optamos por fazer um estilo mais enxuto, excedendo-se um pouco só em algumas canções, como Difícil de Esconder e Nada de Dúvidas, com alguns compassos compostos e timbres mais “extravagantes”, por assim dizer. O timbre “cruncheado” das guitarras foi muito explorado, assim como os timbres de rhodes, moog e hammond nas teclas. O baixo, por definição, vem bem na cara. Sempre. Em todas as músicas.
Mas, a mais expressiva, e não menos necessária, evolução, foi a da voz. O timbre e as interpretações passearam, das pré-produções à semana de gravação da voz, de um lance um pouco mais despojado e mais “pra dentro” a uma voz impactante, imponente e uniforme.
Formado por dez canções, o álbum fala de amor, histórias de vida, maneiras de ver o mundo e até da história de um sertanejo em busca de aventura, porém, sem o famoso, chato e grudento piegas.