Se colocar no lugar de alguém que é estrangeiro a suarealidade.
Essa é a missão da minha música.
Eu sempre quis tocar as pessoas com algo que pudesse fazer.E como sempre gostei de música, cantava e tocava, queria fazer uma música prapessoas que tivessem indo a um encontro de igreja pela primeira vez, que nãotivessem a experiência e o background de caminhada. Algo que fossecompreensível a elas e que comunicasse ao mesmo tempo com fidelidade oevangelho.
E como vós quereis que os homens vos façam, da mesmamaneira lhes fazei vós, também. Lucas 6:31
Eu tento mecolocar no lugar dessas pessoas que não tem a experiência com Jesus pra poderpensar em como gostaria que a música e a mensagem fosse transmitida, não queisso seja um desenraizamento da fé, mas um dom que acredito ser dado pela graçade Deus. Essa não é uma tarefa simples e fácil e isso torna a missão real. Éalgo vivido, buscado e é preciso observar, ouvir e estar atento a docilidade doEspírito Santo.
Algo que me marcou muito foia JMJ RIO 2013, onde vivi várias experiências que me impulsionaram a quererfazer algo no mundo. Resgatado pelo lema: "Ide e façais discipulosem todas as nações!" (mt28,19) me senti profundamente confiado a missão deestar a par do que é preciso para evangelizar, para me converter e assim poderdizer aos outros para seguirmos Jesus.
 
Acredito que é atarefa pedida pelo Papa Francisco, quando ele pede uma igreja em saída. É muitomais ouvir, que falar. Como ele mesmo diz na sua exortação “Alegria doEvangelho”: “Naquele «ide» de Jesus, estão presentes os cenários eos desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somoschamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há-dediscernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados aaceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançartodas as periferias que precisam da luz do Evangelho.”
Sair da Zona de Conforto é oque Jesus pede aos discípulos quando os chama, e a dinamica da vida cristã éestar sempre seguindo esse movimento que Jesus provou neles e provoca também emnós pela escuta ao seu chamado.
Claro que para responder aesse chamado passei por muitas e muitas revoltas dentro de mim e até hoje buscome converter diariamente pois o pecado está fora dos muros da Igreja e dentrode nós. Se nessa “saída” não estivermos vigilantes, nos excedemos e cedemos nasatitudes e tentações.
A primeira palavra que o senhor me deu para conduzir essecaminho foi :“As raposas têm suas tocas e asaves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar acabeça” Mt 8, 20. Dessa forma, existirão percalços, cruzes, dificuldades, poiso senhor não nos da garantias, a não ser a vida eterna.
Na missão podem ter diasbons, mas dias ruins também onde nada que planejemos deu certo, ou simplesmentenão saiu como esperávamos, ou não fomos tão acolhidos quanto gostaríamos, foranosso próprio coração que é pecador. Temos uma natureza que vai se chocar com arealidade do querer de Deus. Por isso temos que ter certeza que haverá cruz,mas que tudo passa por ela, e a vitória virá além daquilo que podemos enxergarcomo dor ou perda.
 
Paz e bem.