5 perguntas para a cantora Lori sobre seu disco de estreia
Em um papo exclusivo com o Palco MP3, Lori falou sobre inspirações para o novo álbum “Cuore Aperto” e sua evolução na carreira!
Por: Laryssa Costa
No último dia 10 de novembro, o álbum Cuore Aperto, da cantora Lori, chegou ao mundo, mostrando todas as suas influências logo no disco de estreia. Conversamos com a artista sobre o lançamento, para você ficar por dentro de tudo o que envolve o projeto!
Lori é filha de pai italiano e mãe brasileira, tendo São Paulo como lugar escolhido para viver e produzir suas canções. Assim, é com base nessa mistura de raízes e influências que ela lança Cuore Aperto, álbum que celebra contrastes, assim como a capital paulista.
Nesse sentido, você encontrará luz e sombra, introversão e extroversão, densidade emocional, iluminação espiritual e, claro, um convite para a pista de dança.
Conheça, a seguir, tudo sobre a artista e o seu disco!
5 perguntas para Lori
Primeiramente, é preciso lembrar que Lori iniciou sua carreira em 2018, quando lançou o single Entregue e o EP “Vênus em Virgem“. Após o primeiro projeto, ela teve uma visão de como seria seu primeiro álbum, concebido durante a pandemia.
Vale destacar que ela faz parte de circuitos independentes de SP, o que contribui para seu olhar amplo sobre o pop. Como resultado, mistura disco, eletrônico e synth em suas canções, sem deixar de lado influências como Gal Costa, Billie Eilish, St. Vincent e Madonna.
Já bateu curiosidade por aí, né? Vem saber mais como tudo isso contribuiu para o processo de produção de “Cuore Aperto” em uma entrevista exclusiva com Lori!
1. O álbum tem músicas em português, inglês e italiano. Existe alguma língua que você se sente mais confortável para cantar, que expresse mais quem é a Lori?
“Com certeza a da maior parte das músicas, o português. Mas achei importante encontrar minha voz em italiano, que é minha primeira língua. E o inglês é algo fácil pra mim por causa da cultura americana que eu cresci consumindo: música, séries, tumblr na adolescência (risos)… muitas referências!”
2. A faixa Vieni lembra um tango ou o ritmo mariachi, como Éste Vacío, de Las Caras Lindas, de maneira repaginada e atual. Essa sonoridade acaba não sendo tão comum entre artistas mais jovens. De onde veio a inspiração para essa canção? Como a música de outros países da América Latina influenciou no seu desenvolvimento musical e na produção do disco?
“O objetivo era justamente resgatar sonoridades clássicas e fazer uma homenagem às artistas italianas que eu cresci ouvindo. Nesse sentido, nomes como Mina Mazzini, Ornella Vanoni e Sophia Loren (a intro da música é uma citação dela no filme ‘Ontem, hoje e amanhã’).
Essa comparação do tango pra mim é nova, mas achei interessante. Nos focamos no drama e no lirismo dos anos 40, além da vibe western que a música passa.”
3. Como foi colaborar com outros artistas, como FBC, Natalia Carreira, Matias e soul.za?
Com todos esses artistas, eu tive aprendizados e uma conexão especial. Gostaria de tê-los como convidados em todos os shows (o soul.za toca comigo como baixista) e amigos na vida.
4. A faixa Quero ir com você começa com o áudio de uma oração e termina com uma sonoridade quase gospel. Qual é a sensação de ter uma música íntima e, ao mesmo tempo, tão ampla como essa no seu álbum de estreia?
“Eu tive uma criação evangélica e, apesar de hoje ser uma pessoa desviada/viada, quis meio que ‘fazer as pazes’ com essas raízes, mesmo indo contra meus ideais como pessoa.
O áudio do início é de uma ‘irmã’ da minha mãe, muito querida que me viu nascer e sempre fez orações por mim. Elas sempre torceram para que eu fosse cantora gospel, e essa foi minha forma de dizer: ‘olha, isso é o que posso oferecer para vocês’.
Um primeiro álbum, para mim, é importante para contar sua história. Assim, essa faixa e Al Mare fazem isso, uma representando meu lado materno e outra meu lado paterno.”
5. Qual a diferença da Lori de “Vênus em Virgem” para a que lança agora “Cuore Aperto”?
“A lista é imensa, viu? Mas se você me perguntar no âmbito pessoal, como ser humano: maturidade, confiança e amor próprio. Agora, como artista, hoje tenho minha própria voz, uma sonoridade definida e a visão de um caminho certo no meu futuro musical.
Aprendi a me expressar, interpretar, sem ser de maneira ingênua e introspectiva como em VEV (2019). Agora, quero ver o mundo tentar me parar!”
Pergunta extra: Você já lançou clipe de Choro na Cama, Me dói, boy, Popstar e Prison of my Mind. Agora com o lançamento do álbum, podemos esperar mais produções?
“A verdade é que fazer clipe é algo muito caro e sem retorno, mesmo eu tendo tido um orçamento baixo em todos. Logo, é sempre muito difícil de fazer, e eu sou a que move montanhas para isso. Por isso, desanimei desde o último lançamento.
Mas, se eu tiver apoio e profissionais que queiram embarcar nessa comigo, a vontade de fazer clipe de MD DM ME é gigantesca.”
Ouça Lori no Palco MP3!
Agora que você já sabe mais sobre Lori e tudo o que pode encontrar no álbum Cuore Aperto, que tal ouvir o trabalho completo? São 15 canções divididas em duas partes do disco, cada uma começando com uma faixa – Roxo profundo (intro) e Me adoro (interlúdio), respectivamente -, que te conduzem a ouvir a versatilidade da artista!
E, claro, música boa merece ser compartilhada! Por isso, mande este post para a sua galera e convide mais e mais pessoas a conhecer o trabalho da Lori aqui no Palco!