Saiba mais sobre o novo álbum do Djonga no Giro do Palco
Por: Laryssa Costa
O novo álbum do Djonga, “O Dono do Lugar” está prestes a ser lançado, com data prevista para o dia 13 de outubro. Logo, se você é fã de rap e do artista, sabe que o trabalho já era aguardado após um pequeno hiato de lançamentos.
Desde 2017, lançou álbuns anuais, como Heresia (2017), O menino que queria ser Deus (2018), Ladrão (2019), Histórias da minha área! (2020) e Nu (2021). Como resultado disso, o mineiro se tornou um dos artistas mais relevantes da cena, sendo admirado por gigantes como Mano Brown.
Ficou curioso para saber mais sobre quem é Djonga e sua trajetória? Então vem com a gente!
Quem é Djonga, afinal?
Nascido na Favela do Índio, em Belo Horizonte, Gustavo Pereira Marques, o Djonga, foi criado mesmo em Santa Efigênia. Assim, foi sob influência da família que ele se apaixonou pela música desde cedo, ouvindo diversos estilos musicais em casa.
Nesse sentido, suas referências vão de Milton Nascimento aos Racionais, perpassando Cartola até Mariah Carey. Assim, ele construiu suas predileções para criar o seu estilo, inspirando-se principalmente em Cazuza, Janis Joplin, Elza Soares, Elis Regina e Mano Brown.
Além da música, Djonga cursou História na UFOP, mas não chegou à conclusão pois sua carreira começou a decolar.
Da rua aos palcos: conheça a carreira de Djonga
Antes de tudo, foi nas ruas que seu talento artístico começou a se sobressair, com participações em saraus de poesia e produção de beats. Nesse sentido, se o sarau era apenas para ouvir, aos poucos tornou-se inspiração para letras afiadas e críticas sociais aguçadas.
Além do sarau, ele passou a frequentar o estúdio de Chuck (Oculto Beats), produzindo beats com poesias escritas anteriormente. Assim, ele deu início ao seu primeiro single – Corpo Fechado.
Como resultado disso, pouco depois Djonga produziu seu primeiro EP, “Fechando o Corpo”, com sete faixas. Assim, ele passou a ser mais reconhecido e a receber convites de participações, como a faixa Um Bom Maluco. Em seguida, ele e Hot Apocalypse montaram um grupo ao lado de Clara Lima, Oreia, FBC e Coyote Beats – a DV Tribo, ganhando notoriedade.
Bem como DJ Hum, o rapper baiano Baco Exu do Blues convidou Djonga para participar da canção Sujismundo, abrindo caminhos para novas parcerias. Assim, Djonga lançou Redenção ao lado do rapper Primata, fez participação em Santana 89, da banda Arqueologia Siderúrgica.
Por fim, participou da Cypher Poetas no Topo 1, do canal Pineapple Storm TV, aumentando o seu alcance. A partir daí, a sua produção de álbuns autorais começou a todo vapor, iniciando-se por Heresia.
A trajetória de Djonga através de seus discos
Apesar da pouca idade de Djonga, 28 anos, ele já possui cinco álbuns e um EP lançados, construindo uma carreira sólida no rap nacional.
Heresia e O mundo é nosso
O primeiro deles, Heresia, foi lançado em 2017 e recebeu aclamação tanto da crítica quanto do público. Nesse sentido, o álbum faz apontamentos à sociedade e mensagens sobre empoderamento negro, com capa que faz referência direta ao Clube da Esquina.
Além disso, foi considerado o melhor do ano pela Rolling Stone, com O mundo é nosso como destaque.
O Menino Queria ser Deus
Em seguida, Djonga lançou O Menino Queria ser Deus, com letras afiadas que envolvem questões raciais, carreira e vida pessoal. O álbum conta com participações de Karol Conká e rapper Sant, sendo eleito o 6º melhor disco no ano novamente pela Rolling Stone.
Como resultado disso, o disco integra a lista dos 25 melhores álbuns brasileiros do primeiro semestre de 2018, pela Associação Paulista de Críticos de Arte.
Ladrão, Histórias da Minha Área e Nu
Seguindo a tradição de lançar álbuns dia 13 de março, Ladrão ganhava o mundo, sendo um álbum com conceito inspirado em Robin Hood. Assim, o disco reafirma o compromisso do artista em ser mais do que referência mineira, mas porta voz de discussões a nível nacional.
Algumas das frases de Djonga, como na letra da música Leal, ilustram essa ideia:
“Que se foda o mundo
Nós construímos pontes indestrutíveis”
Depois, em 2020 exatamente na mesma data, o artista lança Histórias da Minha Área, retratando áreas do Brasil inteiro. Assim, com este trabalho ele foi o primeiro brasileiro a ser indicado ao BET Hip Hop Awards.
Por fim, após um pequeno período de hiato, Djonga lança Nu, álbum com 10 faixas, onde o cantor mostra um lado fragilizado. Porém, mesmo expondo sua solidão e lado emocional mais pesado, o rapper não entrega sua cabeça de bandeja às críticas.
O Dono do Lugar – o novo álbum do Djonga
Agora, fugindo da regra de trabalhos lançados em 13 de março, Djonga lançou seu novo álbum. O disco, chamado O Dono do Lugar, tem como identidade um moinho de 5m de altura, que está presente também em sua narrativa.
O disco conta com 12 faixas que falam sobre a vivência de Djonga, além de trazer reflexões sobre o masculino e masculinidade, motivadas pela criação de seu selo “A Quadrilha”, gerido em sua quase totalidade por mulheres.
Mais que o novo álbum do Djonga – o universo do rap na palma da sua mão
Agora que você sabe tudo sobre o lançamento do novo álbum do Djonga, quem ele é e sua discografia, está na hora de mergulhar em suas canções! Mais do que isso, ouvir mais artistas de rap do cenário independente ajuda a entender contextos e ter inspiração para suas próprias rimas.
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