5 perguntas para Souela, banda embaixadora da resistência
Por: Gustavo Morais
A banda Souela é um símbolo de resistência que a juventude brasileira precisa conhecer de perto. A bordo do EP Alma de Mulher, esse quarteto poderoso e intenso leva sua poesia edificante, otimista, sagaz, crítica e intensa! Entre um rolê e outro, elas passaram por aqui e trocaram um papo reto de primeira qualidade. Se liga só no que essa turma tem pra te contar.
1. Como foi que o caminho artístico dessas quatro mulheres talentosíssimas se encontraram?
Souela: tem história, hein! (risos) São 5 anos de banda, de estrada, mas tudo começou com as duas Larissas, a Ladeia e a Féola, nossa batera e nossa baixista. Elas já se conheciam há anos, porque estudaram juntas numa ONG que dava aula de música e ali os caminhos começaram a se cruzar. Anos depois, Féola e a hoje ex-integrante Dani Oliveira resolveram formar uma banda e chamar a Ladeia. E foi assim que nasceu a Souela! As Larissas estão até hoje na banda, a Josi está há 4 anos e a Gabi há 3 anos.
Ladeia, Josi e Gabi estudavam música na Unimep, e essa conexão acabou acontecendo de forma natural. As Larissas já conheciam a Josi, pois, as três são de Limeira(SP), e Gabi é de Piracicaba(SP). Então, o universo falou: “São vocês!”, e hoje estamos aí, esse time lindo, com muito respeito e admiração uma pela outra, sempre torcendo pra cada uma e se apoiando para fazer o trabalho da Souela fluir e alcançar cada vez mais coisas por aí
2. E como é a dinâmica da banda ao vivo?
Souela: o nosso show é sempre alegre, dinâmico, mas também intenso. Podemos dizer que é até provocativo, mas de forma sutil, porque procuramos levar essa leveza nas músicas, por mais que as mensagens sejam fortes. Porém, mulheres em um palco, fazendo música e levando uma mensagem de empoderamento é algo que transforma o público presente, que toca de alguma forma e provoca sentimentos. Acreditamos que enquanto artistas, esse é um papel fundamental. Queremos despertar algo em quem nos assiste e isso também nos faz crescer.
Nos shows, vocês tocam músicas de outros artistas?
Souela: falando de repertório, no show do Alma de Mulher, apresentamos nossas músicas autorais e releituras de bandas e artistas que admiramos muito, como a Xênia França, Francisco El Hombre, Caetano, Leci Brandão, etc e tal. Procuramos tocar canções que fizessem sentindo com a mensagem do EP e que comunicassem com o público da mesma maneira que as autorais.
Então, se você ainda não viu esse show, vamos te fazer um convite: Dia 08/03/2020, no Dia Internacional da Mulher, tem Souela no Sesc Piracicaba (SP). Só marca na agenda e vem bailar com a gente!
3. Alma de Mulher é um manifesto de resistência. Como foram os processos de produção do disco?
Souela: os processos de gravação do EP foram bem intensos, produzimos tudo de forma independente. Desde o começo, a ideia era levar realmente a alma de mulher para as pessoas e, por isso, que praticamente todo o EP foi produzido por mulheres. Fora a gravação no estúdio, que foi feita pelo Gustavo Diehl (Banana) no estúdio Soulmix, em Piracicaba; e o making off, que foi feito pelo Rodrigo Silva. Ambos abraçaram a causa com a gente e se dedicaram para fazer acontecer esse trabalho lindo.
O restante foi feito por mulheres incríveis, as quais fazemos questões de citar: a ilustração da capa do EP foi feita pela maravilhosa Gislaine Martins, uma baita artista que nos deu essa obra-prima incrível; o design e as fotos do EP ficaram por conta da Bianca Souza, que também fez a produção e filmagem do singles “Por todas nós”, ela arrasa muito; já o figurino ficou nas mãos da Isa Hereman, que criou e desenhou nossas roupas com muito amor e dedicação; a maquiagem ficou por conta da nossa querida que sempre está com a gente em todos os momentos Laura Ladeia, que também é irmã da nossa batera, Larissa Ladeia; a costura dos figurinos ficou por conta da Isabel Rodrigues, que além de arrasar nas costura, também é a mamis poderosa da nossa baixista, Larissa Féola; o design da nossa campanha de financiamento coletivo pra produção do EP ficou por conta da Victoria Groppo, que além de arrasar nós design, faz parte da Cigana, banda incrível aqui de Limeira. Todos os arranjos das músicas ficaram por nossa conta! Então, bora sentir essa energia incrível que tem o EP Alma de Mulher.
4. Não Deixe de Sorrir é uma música sobre otimismo. O que o brasileiro precisa fazer para não ser aniquilado pelas desigualdades?
Souela: sim, Não Deixe de Sorrir traz essa mensagem positiva. Creio que o que o podemos dizer pra todos brasileiros… É que apesar do momento complicado que estamos passando em nosso país, não podemos desanimar. Devemos ser resistência todo dia e ter essa coragem de sorri, de correr atrás dos nossos sonhos e, principalmente de ser feliz!
5. Sei que ainda é cedo, mas é inevitável não perguntar: vocês podem dar um spolier sobre quais temas de resistência vão abordar num próximo trabalho?
Souela: será que vem um álbum por aí? [risos] Temos planos de fazer um álbum, sim, mas ainda estamos curtindo o Alma de Mulher. A ideia é sentar pra compor e trazer assuntos relevantes para o país, para as pessoas. Agora, o que podemos dizer é que 2020 promete! Vamos lançar mais um vídeo clipe, já no começo do ano, vamos colocar bastante conteúdo no nosso canal do YouTube e queremos rodar o Brasil levando o nosso EP. Então, apertem os cintos junto com a gente e bora decolar!