Qual a diferença entre versão, releitura, regravação, remix e cover?
Entenda os tipos de reprodução musical e como funcionam os direitos autorais em cada um deles.
Por: Laryssa Costa
Já ouviu uma música e só depois descobriu que ela era de outro artista? Ou já quis gravar uma música que não foi composta por você e dar a ela a sua identidade? Embora sejam situações comuns, elas exigem atenção quando se é artista, pois há significativas diferenças entre versão, releitura, regravação, remix e cover.
Para não confundir esses conceitos e garantir que você não tenha problemas relacionados a direitos autorais, preparamos um guia especial sobre o assunto!
Aprenda o que é versão, releitura, regravação, remix e cover
Ao compreender a definição de versão, releitura, regravação, remix e cover, você vai saber como trabalhar cada tipo de reprodução musical sem fazer nada de errado do ponto de vista jurídico.
Por exemplo, você não pode regravar uma música de outra pessoa sem pagar os direitos autorais correspondentes (seja por meio de selo ou gravadora, seja diretamente para o outro artista).
Então, bora entender as diferenças entre cada tipo?
1. Versão
Sabe quando você ouve uma música nacional e parece reconhecê-la de algum lugar? Pois bem, ela pode ser uma versão.
Nesse caso, a versão é a mudança para outro idioma, mantendo arranjo, timbre e melodia originais. Para gravá-la, é preciso pedir autorização prévia do autor, que pode aceitar ou não.
Uma versão bastante conhecida é Imortal, de Sandy & Junior, composta pela canadense Céline Dion no original Immortality.
2. Releitura
Apesar de muitos confundirem com o cover, a releitura é quando a letra se mantém a mesma, mas o arranjo é alterado.
Alguns dos exemplos mais famosos são as releituras em ritmo de samba feitas pelo grupo Sambô, adaptando clássicos do rock, como U2.
Nesse caso, também é preciso solicitar autorização prévia e pagar os devidos direitos autorais para evitar que a canção seja vetada.
3. Regravação
Constantemente confundida com a releitura e até com o cover, a regravação é uma nova gravação de algo já existente.
Isso acontece quando um artista muda de gravadora, por exemplo, e regrava o seu catálogo antigo sob uma diretriz diferente. Essa regravação gera um novo fonograma e, consequentemente, um novo ISRC.
O exemplo mais recente envolve a cantora Taylor Swift que, após ter problemas com os direitos de seus antigos álbuns, regravou todos pela Republic Records.
4. Remix
Se lembra da releitura? Quando utiliza efeitos sonoros de outras músicas, samples e alterações eletrônicas, ela se torna um remix.
O remix é o processo de DJs e produtores musicais adicionarem elementos a uma obra.
Alguns remixes se tornaram mais famosos que as próprias canções originais, fazendo com que o público achasse que essa era a versão oficial.
Exemplo disso é Summertime Sadness, da Lana Del Rey, remixada pelo produtor francês Cedric Gervais, que levou um Grammy pela faixa.
Além dos novos trechos, no remix é possível retirar instrumentos, fazer modificações no seu arranjo, ter trechos repetidos ou removidos.
Ao utilizar uma nova música ao seu remix, certifique-se de utilizar pequenos trechos. Assim, ela não será o objeto principal da sua nova faixa (caso contrário, pode prejudicar sua reprodução livre).
5. Mashup
Um pouco parecido com o remix, o mashup é quando outras músicas são utilizadas na criação de novas faixas.
Nesse caso, as alterações dependem da autorização da pessoa responsável pela obra, tanto para uma nova gravação quanto para a utilização em outros meios, como no audiovisual ou em jogos.
Já para apresentações ao vivo, não há necessidade, mas é bom solicitar da mesma forma, para evitar problemas futuros, caso os mashups sejam gravados.
6. Cover
Por fim, o cover tem relação com a interpretação da música, especialmente durante um show.
O cover é quando o artista canta de maneira fiel à canção original, preservando tom, instrumentos, andamento e ritmo.
Alguns covers acabam se sobressaindo mais do que a execução original, fazendo com que o público ache que a música seja dos novos intérpretes.
É o caso de Knockin’ On Heaven’s Door, escrita por Bob Dylan e reinterpretada por Guns N’ Roses.
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