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Conheça as diferenças entre produtor musical e produtor fonográfico

Entenda o papel de cada um na criação e gravação de grandes músicas!

Por: Elisa Lima

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Você sabe a diferença entre produtor musical e produtor fonográfico? Embora os dois papéis sejam importantes no mercado da música, cada um desempenha funções diferentes.

Pensando nisso, vamos falar sobre essas diferenças para que você entenda melhor o trabalho de cada um no processo de gravação. Vem com a gente!

Qual a diferença entre produtor musical e produtor fonográfico?

O produtor musical é quem coordena a gravação de uma música, transformando uma composição em gravação final.

Ele escolhe os instrumentos, define como serão tocados, faz arranjos e cria beats. O produtor musical também pode acompanhar o desenvolvimento da gravação com o artista, desde a pré-produção até as etapas de gravação, mixagem e masterização.

Por sua vez, o produtor fonográfico é a pessoa ou organização que paga pelos custos de produção de uma gravação.

Esse investimento pode ser direto ou indireto, e vem geralmente de um selo, gravadora ou do próprio artista.

Se você pagou pelas despesas da gravação, incluindo os cachês do produtor e dos músicos, você é o produtor fonográfico da sua música, mesmo que não tenha sido o produtor musical.

Esclarecidas as diferenças, hora de explicar outras dúvidas comuns sobre o trabalho desses dois tipos de produtores.

Quando o produtor musical também é o produtor fonográfico?

Com a popularização do home studio, é comum que artistas independentes façam tanto a produção musical quanto a fonográfica de suas canções.

O produtor musical também pode oferecer serviços a um custo reduzido em troca do reconhecimento como produtor fonográfico, o que o tornaria responsável pelos custos relacionados à gravação.

Contudo, você deve registrar esse acordo formalmente por meio de um contrato entre o artista e os fornecedores de serviços.

Lembramos que, se o produtor musical não investir no fonograma, ele não será considerado produtor fonográfico.

O produtor musical recebe direitos autorais?

Apesar de não existir um campo específico de “produtor musical” no cadastro de fonogramas, ele pode ser registrado como titular de direitos conexos. Porém, é preciso ter um acordo prévio entre produtor musical e artista.

Em muitos casos, o produtor musical não é considerado um autor da música, mas pode negociar uma porcentagem dos direitos autorais como parte do contrato.

É importante que essas condições sejam claramente definidas, especificando como os royalties serão divididos entre o artista e o produtor.

Qual a porcentagem de direitos autorais do produtor fonográfico?

Com relação aos direitos conexos – relacionados a quem participou da gravação da música –, o produtor fonográfico recebe um percentual equivalente ao do intérprete, por arcar financeiramente com os custos do fonograma.

Segundo o Regulamento de Distribuição do Ecad, os percentuais de direitos conexos são distribuídos da seguinte forma:

  • 41,7% para intérprete
  • 41,7% para produtor fonográfico
  • 16,6% para músicos acompanhantes
Ilustração que mostra a divisão de direitos conexos entre os responsáveis por uma obra musical
(Reprodução: ABRAMUS)

Antigamente, apenas as gravadoras atuavam como produtores fonográficos. Hoje, muitos artistas independentes assumem essa função para suas próprias obras.

Por isso, é importante se filiar a uma associação de gestão coletiva como intérprete e produtor fonográfico, caso você seja um artista independente.

Ao se filiar, você deve selecionar as opções de intérprete, produtor fonográfico e músico acompanhante, caso também toque ou faça backing vocals em outras músicas, garantindo seus direitos autorais.

Conheça os melhores cursos para artistas independentes!

Agora que você entendeu a diferença entre produtor fonográfico e produtor musical, pode negociar adequadamente e garantir uma remuneração justa para todos os envolvidos.

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Elisa Lima